CIDADE DO MÉXICO, 2 DEZ (ANSA) – A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) abriu pela primeira vez no México uma rodada de encontros extraordinários que abordarão casos ocorridos no Brasil, Honduras, Argentina e Colômbia.
A presidente da CIDH, a chilena Cecilia Medina, e a chanceler do México, Patrícia Espinosa, estiveram nessa segunda-feira na abertura da 37º convenção, com encerramento previsto para a próxima sexta-feira.
Cecilia destacou o esforço do México em consolidar a cultura jurídica no continente, amparada pela Convenção Americana de Direitos Humanos que, segundo ela, é uma proteção fundamental para as garantias individuais.
Na sede da Chancelaria mexicana, Cecilia afirmou que o tema dos direitos humanos é de suma importância na agenda continental e que os mecanismos de supervisão e fiscalização não devem ser ignorados.
A CIDH realizará no México uma série de audiências a respeito da violação dos direitos humanos na América Latina. Entre os assuntos discutidos figuram o assassinato da ambientalista hondurenha Janet Kawas em 1995, o episódio dos grampos telefônicos em membros do Movimento dos Sem-Terra no Brasil, supostamente organizado pela Secretaria de Segurança do Paraná em 1999, assim como abusos contra um povo indígena na Colômbia e as condições de vida na penitenciária de Mendoza, na Argentina. (ANSA)