Além das demissões, estima-se que haja aumento da taxa de inflação, menor investimento e desvalorização monetária. Em 2008, o setor de construção demitiu 20 mil trabalhadores; o de maquila entre 12 mil e15 mil; e o setor financeiro cerca de mil empregados. A crise financeira internacional é apontada como a principal causa para essas demissões em massa.
Com o aumento concedido pelo governo, o salário passou de 3.428,40 lempiras para 5.500 lempiras em 2009 na zona urbana e 4.055 na rural. A Associação Nacional de Industriais (ANDI) recomendou às empresas afiliadas a despedir um em cada três trabalhadores, o que poderia significar a demissão de 300 mil trabalhadores sem emprego neste ano de 2009.
Os empresários avisam que vão cumprir a Lei do Salário Mínimo, porém vão implementar medidas para que o custo de mão-de-obra, elevado em 70%, segundo eles, seja atenuado. Outras associações de empresas também começaram a realizar cortes no setor pessoal a fim de reduzir o custo de mão-de-obra. Na agricultura, as máquinas devem tomar o lugar dos trabalhadores.
A ANDI aconselha ainda que as empresas mantenham o salário dos demais trabalhadores, caso contrário a quantidade de demissões seria ainda maior. Eles acreditam que ao despedir um em cada três trabalhadores o impacto da alta salarial seria de 9% nos custos de produção. Os empresários pretendem ainda elevar o preço dos produtos para consumo básico.
Outra recomendação é a transferência parcial de fábricas em direção à Nicarágua onde o salário mínimo é inferior aos 100 dólares. Os trabalhadores nicaragüenses recebem o menor salário da região. Honduras fica na terceira posição em relação ao salário mínimo, atrás de Costa Rica e Guatemala.
Fonte: Adital