Japão, Europa e EUA anunciam corte de 80 mil trabalhadores

Diante da crise econômica global e na tentativa de reduzir os custos, empresas nos EUA, Europa e Japão anunciaram no começo desta semana mais de 80 mil demissões, com destaque para o conglomerado Caterpillar, que cortará 20 mil empregos, ou cerca de 18% de sua mão-de-obra, por causa da redução da demanda.

As 12 maiores montadoras do Japão esperam cortar um total de 25 mil empregos no atual ano fiscal, que termina em 31 de março, para lidar com o declínio do setor.

Na Europa, a Corus, segunda maior siderúrgica européia em produção, irá eliminar 3,5 mil empregos, além das 500 demissões anunciadas anteriormente. No total, 9,5% da força de trabalho da empresa será dispensada. A Corus irá estender o corte de 30% na produção até o segundo trimestre deste ano em conseqüência da desaceleração da economia.

A Philips, fabricante holandesa de produtos eletroeletrônicos, anunciou novos planos de corte de custos, incluindo a demissão de seis mil funcionários em todo o mundo.

A Pfizer, que anunciou a compra da Wyeth em um acordo avaliado em US$ 68 bilhões, disse que irá eliminar 10% da sua força de trabalho, o que equivale a mais de oito mil funcionários.

A Sprint Nextel, por sua vez, vai cortar cerca de oito mil empregos, ou 13% de sua força de trabalho total, em todos os seus níveis. A General Motors irá demitir mais dois mil trabalhadores, em Ohio e Michigan, nos EUA, enquanto a Home Depot irá eliminar sete mil empregos.

Reação de Obama

O presidente Barack Obama declarou nesta segunda-feira (26) que os cortes mostram a urgência de seu programa de estímulo econômico. O pacote, de US$ 825 bilhões, incluiria redução de impostos, benefícios sociais de emergência e investimentos públicos. “Não se trata apenas de números em uma página”, disse Obama. “Como no caso dos milhões de empregos perdidos em 2008, estamos falando de homens e mulheres cujas vidas foram perturbadas e cujos sonhos terão de ser adiados”.

A economia norte-americana eliminou 2,6 milhões de empregos desde o início da recessão, em dezembro de 2007 – o pior resultado bruto desde 1945. A taxa de desemprego no país subiu para 7,2% em dezembro. Os economistas se preocupam com a possibilidade de que a economia esteja perdendo até 600 mil empregos ao mês. Na semana passada, os pedidos de seguro-desemprego haviam subido a 589 mil na semana encerrada em 17 de janeiro, repetindo o recorde de dezembro.

Vermelho

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