O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convidou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um encontro em Washington, no mês de março, e disse que já orientou sua equipe econômica para conversar com o Brasil sobre posições na próxima reunião do G-20", marcada para abril, em Londres. O porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, informou que a reunião foi acertada no fim da tarde de ontem, em telefonema de Obama a Lula.
Em março, o presidente brasileiro irá a Nova York para um seminário com investidores estrangeiros e se encontrará com Obama em Washington. Lula também convidou Obama para visitar o Brasil.
De acordo com o porta-voz, na conversa com Obama, Lula elencou os assuntos prioritários do governo brasileiro com os Estados Unidos: paz mundial, mudanças climáticas, biocombustíveis, G-20 (grupo das 20 maiores economias mundiais) e relações com a América Latina e África.
Obama não citou temas, mas disse que quer estabelecer parceria com o Brasil para a paz na região. Lula também não mencionou sua posição pelo fim do embargo norte-americano a Cuba, disse o porta-voz. Segundo ele, depois do telefonema, que durou cerca de 25 minutos, Lula disse que a eleição do democrata influenciará de forma positiva a imagem que o mundo tem dos norte-americanos.
Baumbach acrescentou que o presidente Lula também mencionou trecho do discurso de Obama sobre a necessidade de cuidar dos mais pobres. "Ele [Obama] assegurou que deseja trabalhar em coordenação com o presidente Lula para reforçar a paz e a estabilidade no continente e para fortalecer as relações econômicas entre os dois países."
"O presidente Obama informou que já instruiu sua equipe econômica no sentido de coordenar-se com o Brasil para aproximar posições para a próxima cúpula do G-20. No que diz respeito aos biocombustíveis, reconheceu que o trabalho com o Brasil tem sido muito relevante para os Estados Unidos, que têm muitos a se beneficiar com a cooperação com o Brasil", afirmou Baumbach.
De acordo com o porta-voz, Obama demonstrou interesse em avançar com as negociações da Rodada Doha "dada a importância do comércio mundial para o enfrentamento da atual crise econômica internacional".
(Agência Brasil)