Repúdio internacional contra o golpe militar em Honduras

 nas eleições gerais de 29 de novembro. Proposta rejeitada pelo Congresso hondurenho.

As Forças Armadas hondurenhas prenderam e deportaram o presidente. Tanques ocuparam alguns pontos estratégicos da cidade. Seguindo a praxe dos golpes, canais de notícias e rádios saíram do ar ou passaram programas amenos.

Os militares, com apoio do Congresso e da Justiça, também prenderam integrantes do antigo governo. Estariam presos a ministra das Relações Exteriores, Patricia Rodas, o prefeito de San Pedro Sula (centro industrial), Rodolfo Padilla, entre outros.

O objetivo declarado do golpe é barrar a consulta proposta pelo presidente que abriria caminho para uma nova Carta permitindo a reeleição.

Reação mundial

O golpe que se deu em Honduras contra Zelaya, repetiu um roteiro comum na América Latina, especialmente na Guerra Fria. Entretanto, dessa vez o que faz o diferencial é a condenação internacional.  Orquestrado pela Justiça e o Congresso e executado por um grupo de militares que o expulsaram para a Costa Rica, provocou uma condenação mundial unânime.

As reações internacionais foram todas em apoio do presidente deposto. José Miguel Insulza, secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos),  convocou uma reunião urgente do Conselho Permanente do organismo para analisar a crise em Honduras e pediu que a comunidade internacional se una contra esta "grave alteração do processo democrático do continente"

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou nesta segunda-feira o golpe de Estado e afirmou que o Brasil não aceitará o "novo governo". O golpe em Honduras foi criticado duramente por Lula, que o associou ao passado de ditaduras militares na América Latina.

Solidária ao presidente Manoel Zelaya, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) repudia veementemente a inaceitável violação da ordem constitucional em Honduras, o que se configura em um ataque contra a democracia e um representante do povo, eleito pelo voto popular.

Nesse sentido, juntamo-nos às vozes que exigem da imediata volta do governante ao seu posto de presidente da nação hondurenha e uma apuração rigorosa dos fatos e exemplar punição daqueles que se julgam acima da lei, da vontade de seu povo e da ordem constitucional.

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