Sindicalismo de Profissões e a CTB


O sindicalismo de profissões, por categoria profissional, conta com mais de 600 sindicatos no Brasil. Esse segmento também é chamado de “profissionais liberais”.

O Brasil possui segundo dados do IBGE, em torno de 650 sindicatos de categoria profissional. Pela antiga classificação estabelecida pela CLT, os sindicatos de base dessas profissões eram enquadrados como sendo de “profissões liberais”. Há três anos, existia apenas uma Confederação Nacional representando esses profissionais, a CNPL. A partir de 2006, o país passou a contar com outra Confederação Nacional, que leva o nome de CNTU, de Trabalhadores Universitários. Segundo o Cadastro Nacional de entidades sindicais, 350 entidades de profissionais liberais se recadastraram. Desses apenas 87 são filiados a central sindical, o que significa 26,28%. O país ainda possui em torno de 40 federações de categoria. Estima-se que existam em torno de 15 mil dirigentes sindicais de categorias profissionais (sindicalismo de profissão) no Brasil, entre sindicatos de base, federações e confederações nacionais.

Dados do TSE indicam que esse segmento pode atingir cinco milhões de profissionais, sendo que em sua esmagadora maioria é composta de trabalhadores assalariados. Há uma crescente proletarização desses profissionais no país. Os trabalhadores dessas categorias acabam por possuir mais de um emprego e o baixo salário é uma das características de sua realidade.

A CTB conta com mais de 600 entidades sindicais filiadas em todo o país. Em pleno período de Congressos e Encontros estaduais. Está fincada em todos os estados da federação. Já realizou também vários encontros de ramos tais como metalúrgicos e bancários.

Nos próximos dias 14, 15 e 16 de agosto a CTB realizará um Seminário para debater perspectivas do sindicalismo de profissão. Tal evento tem como objetivo deliberar sobre esse sindicalismo de profissões assim como apresentar novos papeis na atual realidade. Pretende-se ainda debater os desafios para adaptação desse sindicalismo aos novos tempos, bem como discutir sobre novas tarefas e funções.

A partir do desenho dessa realidade faz-se necessário discutir a perspectiva desse sindicalismo, novos papeis para essas entidades e novas funções que façam com que os trabalhadores e trabalhadoras dessas respectivas categorias elevem o seu grau de consciência de categoria profissional.

Esperamos poder contar com a presença dos companheiros profissionais liberais nesse importante debate. Sejam eles vinculados a sindicatos filiados ou não à nossa Central, sendo sempre bem vindos na construção de um sindicalismo classista, de luta, comprometidos com a valorização do trabalho e por um novo projeto nacional de desenvolvimento para nosso Brasil.


Wagner Gomes, metroviário, é presidente nacional da CTB/Brasil.

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