Convocado de forma unitária por todas as centrais sindicais, MST, UNE e outras organizações populares, o Dia Nacional de Luta mobilizou dezenas de milhares de pessoas em todo o país. Redução da jornada sem redução de salários e reforma agrária foram as duas principais bandeiras levantadas na manifestação, que também reclamou o fim do fator previdenciário, ratificação das convenções 151 e 158 da OIT, proibição das demissões em massa e mudança da política econômica, entre outras coisas.
Em São Paulo, as entidades mobilizaram cerca de 25 mil manifestantes. O ato começou cedo, às 10 horas, com uma concentração na praça Oswaldo Cruz, seguida de uma passeata pela avenida Paulista. A participação de centenas de militantes do MST na marcha reforçou a bandeira da reforma agrária. Ocorreram manifestações em pelo menos 10 outros estados (Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul – Porto Alegre e Caxias -, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Maranhão, Paraná, Pernambuco e Piauí), além do Distrito Federal.
100 mil em Brasília
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) teve um papel destacado na mobilização em todos as capitais e municípios onde o povo foi às ruas. Na opinião do presidente da Central, Wagner Gomes, o Dia Nacional de Luta mostrou que a classe trabalhadora está disposta a lutar para que os ricos paguem a crise. Ele destacou a importância da unidade das centrais em aliança com outras organizações dos movimentos sociais.
– A vida está mostrando que a unidade é decisiva para defender com êxito os interesses da classe trabalhadora e uma agenda social positiva, mais justa, para o país. A união faz a força e o nosso desafio é manter e ampliar a unidade. Devemos nos preparar ainda melhor para a votação da PEC que reduz a jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem prejuízo para os salários, votação que deve ocorrer ainda este ano e, como a vitória dependente de quórum qualificado (de dois terços dos parlamentares) temos que nos desdobrar para levar 100 mil a Brasília. Outra questão fundamental na qual temos de marchar unidos é a eleição de 2010 onde estarão em disputa dois lados, o lado das forças progressistas, no qual nos encontramos, e o lado do retrocesso neoliberal, que devemos derrotar.
(Portal CTB)