As três centrais sindicais de Honduras começaram nesta quinta-feira uma greve geral de 48 horas no setor estatal, exigindo a restituição da ordem constitucional, desfeita pelo golpe militar de junho passado.
A greve foi convocada, na terça-feira última, como parte das ações sindicais da Frente Nacional contra o Golpe de Estado, reivindicando o retorno do presidente Manuel Zelaya. A Frente programou nesta capital, na quinta-feira, uma nova manifestação para reclamar também a convocatória a uma Assembleia Nacional Constituinte, em sua 75ª jornada consecutiva contra o golpe militar.
Essa ampla aliança de forças populares e partidos progressistas completou no dia 9 uma intensa jornada com marchas e caravanas multitudinárias nesta capital e outra cidades importantes do país.
Mal terminaram as marchas em Tegucigalpa e em San Pedro Sula, ao norte, a segunda cidade da nação, os opositores saíram novamente às ruas em barulhentas fileiras de veículos. Correspondentes da emissora Rádio Globo noticiaram também a realização de caravanas em departamentos do norte, oeste, sul e leste dessa nação.
Durante os protestos, os membros da resistência se manifestaram também contra a realização das eleições gerais de 29 de novembro próximo, organizadas pelo governo de fato. A realização de caravanas simultâneas em todo o país foi acertada na primeira Assembleia Nacional da Frente no domingo passado.
O coordenador-geral, Juan Barahona, ratificou que as manifestações populares não acabarão até conseguir a derrota dos golpistas. Sublinhou que, após 74 dias, o povo continua sua valente luta, aproximando-se da vitória. O triunfo do povo está próximo, disse.
"Estamos construindo o poder popular, partindo de baixo, do povo, e isso nos levará às transformações de Honduras e das estruturas que nos oprimem", frisou.
Vermelho