Plural, classista e democrática

2009 foi um ano em rápido movimento e o movimento classista segue rumo a 2010 firme, articulado, consolidado e forte, pois são também fortes os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.

A jornada de lutas da CTB em 2009 foi intensa e também vitoriosa. Como Central Sindical nos consolidamos, enquanto o mundo assistia ao descenso do capitalismo internacional e aos impactos que a política econômica neoliberal gerou ao próprio mercado opressor e imperialista.

Enquanto isso, a luta classista seguiu forte em defesa da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas sem redução de salários, pela ratificação da Convenção OIT 151, que trata do direito de negociação no funcionalismo público, pela ratificação da Convenção OIT 158 que impede a demissão imotivada, pela valorização do salário mínimo e pela previdência social como garantia do trabalhador, o que não é possível conceber sem a extinção do fator previdenciário.

Campo e da cidade unidos

A CTB segue firme rumo a 2010 no propósito de congregar os trabalhadores do campo e da cidade, para ajudar o Brasil a abandonar de vez a sua face de sesmaria desigual no campo.

Para nós, camponeses, que compreendemos o MSTTR (Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais), vinculados ao sistema da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Campo), a CTB representa um efetivo instrumento de luta em defesa da consolidação da agricultura familiar forte e viável, em todos os aspectos do ponto de vista econômico, social e ambiental.

Em nossos dois anos de existência e outros tantos de luta classista, já demonstramos nossa força e compromisso com a defesa intransigente de um projeto de sociedade centrado na premissa de um modelo de desenvolvimento que contemple o campo e a cidade.

Aliás, é vital para nós do MSTTR, o compromisso de nossa Central, com a defesa do PADRSS (Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário), que é o nosso projeto de sociedade, que tem como tripé a defesa de uma ampla e massiva reforma agrária, a valorização da agricultura familiar e a defesa de nossos assalariados e assalariadas rurais. A CTB tem assumido esse projeto como uma de suas bandeiras de lutas.

Romper com os níveis de anacronismo que o Brasil ainda estampa no campo é nossa meta e destino para 2010. A CTB, solidária, encampa a luta que visa a servir na mesa do camponês, a revisão dos índices de produtividade rural dos latifúndios e o respeito pleno a função social da terra, lição ainda ignorada da Carta Constitucional de 1988.

Outro aspecto fundamental da identidade da CTB com o sindicalismo brasileiro, inclusive o rural, é a defesa intransigente da unicidade sindical. Essa bandeira é vital para a nossa existência, pois em sua essência defende o trabalhador e sua força de trabalho. Nesse sentido, dividir os nossos sindicatos é fragilizar a nossa luta e conseqüentemente diminuir as conquistas, o árduo suor dos milhões de trabalhadores e trabalhadoras rurais desse país.

Diante da conjuntura a nós apresentada, podemos afirmar que o ano de 2010 será um ano de consolidação de nossa combativa central, principalmente no sindicalismo rural, que é o nosso principal meio de atuação e militância. Não nos resta dúvidas para afirmar que teremos, na esteira das esperanças e certezas que o novo ano inaugura, sob o abrigo da bandeira cetebista, centenas de novos sindicatos e federações de trabalhadores rurais, juntos, engrossando as fileiras dos que lutam por nós.

Ademais, nos resta congratular a todos e todas que enfrentaram o combate nessa nossa trincheira singular, pelo ano vitorioso de 2009, e continuar respirando a esperança de um crescimento sólido, a partir do nosso também singular compromisso com a classe trabalhadora desse país, abrigados, todos, sob o manto dessa nossa bandeira, que é o alicerce principal da CTB, ou melhor, é a razão maior de sua existência.

A CTB tem demonstrado que é possível, sim, construir a luta de classe com autonomia, combatividade e independência da relação com partidos políticos e governos constituídos. O sentimento de classe deve prevalecer sempre na nossa incansável jornada. Assim foi em 2009 e assim será em 2010.

AVANTES NA LUTA E VIDA LONGA À CTB!

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