Lá vem o Brasil descendo a ladeira

Quem desce do morro não morre no asfalto?

Pois é, quem diria, hein? Em plena tarde de domingo, no Parque da Redenção, dia e local de tradicional ponto de encontro dos porto-alegrenses, duas gangues (ou “bondes”) se enfrentam e trocam tiros, transformando o parque numa praça de guerra, que resultou na morte de um jovem e outros quatro feridos, depois de combinarem confrontos pela internet, conforme anunciou o tenente-coronel Alfredo Freitas, comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar gaúcha.

Tem certas coisas que acho impressionante! Depois que as coisas acontecem, a polícia dá informações precisas sobre os fatos. Mas eu sempre fico me perguntando: Se a polícia sabe de tudo, por qual motivo não impede que aconteça?

O curioso é que na semana passada, a imprensa gaúcha divulgou reportagens que tratavam do problema da segurança pública no Rio Grande do Sul. Numa delas, a polícia de Yeda Crusius (como ela mesma faz questão de dizer), anunciava, altiva, ter matado mais de 20 bandidos recentemente.

Também, estamos vivendo no Rio Grande do Sul, sob um governo que diz aplicar dois programas de Segurança Pública revolucionários: o Programa de Prevenção a Violência e o Programa Cidadão Seguro.

O resultado está à mostra, não apenas nas vielas e becos da capital, onde se mata e se morre bem longe dos olhos “enojados” da pequena burguesia porto-alegrense. Agora é no Parque da Redenção que ocorrem os tiroteios. Agora é nada menos do que o Secretário Municipal de Saúde da Capital, Eliseu Santos, executado na noite do último sábado (27/02).
Trata-se do “novo jeito tucano de governar”.

Sônia Corrêa é jornalista

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