O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis realizou manifestação no Posto 2 da Paralela, em Salvador, uma das avenidas mais movimentadas da cidade, paralisando suas atividades na manhã de sexta, 12 de março, conquistando todas as reivindicações dos trabalhadores do local.
O protesto foi gerado porque a direção da Rede Kalilândia fez descontos nos salários, em represália a falta de lançamentos no sistema de caixa, das vendas através de cartão; para pressionar a compra de novas fardas, pois os trabalhadores estão trabalhando há um ano com fardas surradas e rasgadas, e pela falta de conta salário para depositar suas remunerações.
Segundo o presidente do Sinposba, Antonio José Santos, o Sindicato procurou a empresa para negociar e obteve a resposta de que não ia devolver o valor descontado aos frentistas. Para ele a linguagem que o patrão entende é quando mexem em seu bolso; “por isso resolvemos paralisar as atividades do posto 2, ai a negociação aconteceu e fomos vitoriosos. Ficamos indignados quando tomamos conhecimento das condições do fardamento, e que em diversos postos da Rede, em Salvador e Feira de Santana, os pagamentos são em espécie, na boca do caixa, como se fosse uma quitanda, descontando de tudo, sem que os trabalhadores possam provar esses descontos, já que não são efetivados no contracheque por escrito”, disse.
A Polícia Militar esteve no local sem conflito, e ao terminar a negociação, uma ata foi lavrada com a presença de diretores do Sinposba e da CTB-Bahia, comprometendo-se a empresa a ressarcir os descontos indevidos do salário de fevereiro junto com o pagamento da quinzena de março, implantar a conta salário até 17, e cumprindo a convenção coletiva um novo fardamento completo será entregue no final do mês.
Kardé Mourão – CTB Bahia
