Trabalhadores convocam greve geral para 2 de junho na Espanha

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) da Espanha convocou na última quinta-feira (13) uma greve geral no setor público do país para 2 de junho, em protesto contra o corte nos salários dos funcionários anunciado pelo presidente José Luis Rodríguez Zapatero.

De acordo com um comunicado da Federação de Serviços Públicos da União Geral dos Trabalhadores (FSP-UGT), a greve geral seria precedida de mobilizações e protestos que começariam em 20 de maio.

Os líderes da União Geral de Trabalhadores (UGT) e da Confederação Sindical de Comissões Operárias (CCOO), Cándido Méndez e Ignacio Fernández Toxo, concordaram em formar uma frente única para tal.

Méndez, que até agora estava mais próximo ao governo que Toxo, advertiu ontem a Zapatero que “as relações [do executivo] com os sindicatos vão mudar”, porque, a partir de agora, CCOO e UGT “terão de canalizar e gerir o conflito social”,

Os dois representantes sindicais mostraram pessimismo quando souberam das medidas antipopulares adotadas pelo governo, tanto no que se refere aos trabalhadores quanto no que tange à economia espanhola. A partir de 20 de maio, os sindicatos irão, de forma conjunta, promover mobilizações em toda a Espanha.

A CCOO anunciou na manhã de hoje em Madri que aguarda que o resto dos sindicatos se reunam à convocatória da greve geral, depois que o governo anunciou uma redução de salário aos funcionários e empregados do Estado de 5%.

Enrique Fossoul, secretario-geral da Federação de Serviços à Cidadania da CCOO, foi encarregado de formular o anúncio.

O representante dos empregados públicos disse também que os sindicatos tentarão entrar em acordo em relação à convocação da greve geral. A proposta foi apoiada pelo Sindicato Unificado da Polícia (SUP) e pela Associação Unificada da Guarda Civil espanholas.

Fossoul repudiou as tentativas de criminalização dos empregados públicos do país, porque 90% deles recebe menos de 1.500 euros por mês. Advertiu também que as medidas aprovadas “não serão as últimas” e que o governo “abriu a porta para mais ‘ajustes'”.

Com agências

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