Para Chávez, acordo com o Irã é vitória dos países do Sul

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, classificou nesta quinta-feira (20) o acordo para a troca do urânio iraniano como uma vitória dos países do Sul contra os Estados Unidos. Ele afirmou que presta seu “apoio incondicional” ao acordo. A reação dele ocorre no mesmo momento que é confirmada a visita a Caracas do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad que ocorrerá nos próximos meses.

As informações são da imprensa oficial da Venezuela, a Agência Bolivariana de Notícias (ABN). Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores informou a opinião de Chávez sobre o acordo.

“Da mesma forma, o presidente Chávez saudou o papel positivo desempenhado pelo Brasil e Turquia, países amantes da paz, que ocupam assentos não-permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, na busca e celebração do acordo, chamando-o de vitória nações do Sul sobre a agenda de agressão e afronta solicitado pelo império Estados Unidos”, diz o documento.

No último dia 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Ahmadinejad, além do primeiro-ministro da Turquia, Tyyiq Erdogan, negociaram o acordo, em Teerã. Pelo documento, o governo iraniano enviará o urânio enriquecido a 3,5% para ser depositado na Turquia. Em troca, no prazo de até um ano, receberá urânio enriquecido a 20%. A ideia é que a iniciativa afaste as suspeitas sobre o programa nuclear do Irã e evite a imposição de punições contra o país.

Os Estados Unidos manifestaram dúvidas sobre os objetivos pacíficos do programa nuclear do Irã e por isso defendem a aprovação de sanções econômicas por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra os iranianos.
Em reunião, realizada na última terça-feira (18), o governo norte-americano apresentou aos demais membros permanentes do conselho um esboço de resolução estabelecendo sanções.

A aprovação das sanções depende do voto favorável dos cinco países que ocupam assento permanente e de mais quatro membros que ocupam cargos rotativos dos 15 integrantes do conselho.

Agência Brasil

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