Derramamento de petróleo nos EUA já é o maior da história do país

O derramamento de petróleo no Golfo do México, ocasionado pelo afundamento de uma plataforma da British Petroleum e que afeta o litoral dos Estados Unidos, foi definido nesta quarta-feira (26) como o maior desastre ecológico que o país sofreu na História.

A tragédia provocou a morte de centenas de aves, em sua grande maioria pelicanos pardos e alcatrazes atlânticos. Autoridades ligadas aos serviços de proteção à natureza advertiram que até o momento foram encontrados 316 exemplares de animais sem vida nos estados de Luisiania, o mais afetado, Alabama e Flórida.

Os dois primeiros, mais Mississippi, foram declarados como áreas de desastre pesqueiro pela administração Obama. Somente na Luisiana, a indústria de mariscos movimenta US$ 2,4 bilhões anuais e fornece 40% da demanda do país por frutos do mar.

O secretário de Comércio, Gary Locke, disse em um comunicado que depois do desastre ecológico, a administração federal “mobilizará todos os recursos necessários para ajudar os pescadores e as comunidades que necessitarem de auxílio”.

Obama visitará na sexta-feira (28) o estado da Luisiana para avaliar o impacto causado pelo afundamento da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, de acordo com informações divulgadas pela Casa Blanca.

Esta será a segunda visita do chefe de Estado ao lugar desde que o derramamento aconteceu, em 20 de abril, criando uma maré negra. Segundo oposicionistas e ecologistas, a resposta de Washington para o acidente não é a esperada. Alegam, inclusive, que o exército não está apoiando as ações dos Estados envolvidos.

Por outro lado, a empresa British Petroleum, uma das sete irmãs petrolíferas, promete realizar uma nova tentativa de fechar os tubos do incontrolável vazamento, com uma injeção de cimento, algo que tem a probabilidade de 60% a 70% de êxito, segundo considera Tony Hayward, diretor-geral da petrolífera.

“Erro fundamental”

A British Petroleum informou a investigadores do Congresso dos Estados Unidos que a decisão para continuar a perfurar um poço de petróleo no Golfo do México, após um teste alertar que algo estava errado, pode ter sido um “erro fundamental”, de acordo com um memorando tornado público por dois congressistas, informou o “Wall Street Journal”.

O memorando foi liberado pelos representantes (deputados) Henry Waxman (democrata pela Califórnia) e Bart Stupak (democrata pelo Michigan). A BP também identificou vários outros erros cometidos horas antes do desastre, incluídos testes que quebraram protocolos tradicionais e o aparente fracasso em monitorar o poço mais de perto, por causa de sinais de que o gás natural estava vazando, escreveu um dos congressistas no memorando, após a reunião.

Um porta-voz da BP se recusou a comentar o documento, mas disse que a empresa identificou “o que nós acreditamos ser uma série de ”falhas implícitas” que provocaram a explosão”. Embora o memorando tenha identificado alguns dos problemas que levaram a esses erros, não apontou quem tomou as decisões. As informações são da Dow Jones.

Com informações de agências

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