CES e CTB BA promovem debate sobre a democratização da mídia

 

Palestra abordará democratização da mídia

O CES (Centro de Estudos Sindicais) e a CTB/Regional Sul da Bahia promovem no próximo  sábado (12), a palestra “A Democratização da Mídia Pós Conferência Nacional de Comunicação”, com o jornalista Altamiro Borges.

O evento, que começa às 8h, no auditório da FTC, em Itabuna, também contará com a participação de Eliane Albuquerque, do Colegiado de Comunicação da UESC, Juliana Torezani, coordenadora do Curso de Jornalismo da Unime e Kardé Mourão, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado da Bahia, que debaterão temas como o Plano Nacional de Banda Larga do governo federal, TV Pública, Rádios Comunitárias, Conselho Nacional de Comunicação, Monopólios Midiáticos, dentre outros.

Pós-confecom

A I Conferência Nacional de Comunicação, ocorrida no final de 2009, em Brasília, conquistou vitórias no campo político-pedagógico, prático e organizativo. Bandeiras históricas dos movimentos sociais foram aprovadas. Alguns exemplos são temas referentes aos monopólios, ao estímulo à diversidade, à produção regional, além da criação do Conselho Nacional de Comunicação com assento para os movimentos sociais. “Quando pensaríamos que nós dos movimentos sociais estaríamos lá, decidindo temas relativos à comunicação, interferindo?”, comemora Borges.

Na visão de Miro, apesar de a Confecom representar uma grande vitória, a apatia dos movimentos sociais e da sociedade em geral tem dificultado o andamento da discussão sobre os resultados. Para ele, embora os movimentos sociais tenham desempenhado um papel brilhante durante todo o processo da conferência, atualmente estão facilitando as investidas dos barões da mídia. “Eles estão vindo para o ataque. E nós estamos passivos. É impressionante. O governo aprovou o Conselho de Comunicação e a grande mídia está batendo para matar. E qual nossa reação?” indaga Miro, estupefato.

O jornalista considera imperativo que os movimentos sociais e sindical fortaleçam as ações de apoio à implantação das medidas. Os sindicatos devem realizar atos, plenárias, manifestações de apoio. “Qual nossa defesa a favor do plano nacional de banda larga? Que sindicato se mobilizou? Quem manifestou seu apoio? Ninguém”, provocou.

O primeiro passo, no entender de Miro, é continuar o movimento feito no processo da Confecom, sem deixá-lo retroceder. “Não podemos afrouxar. É um debate estratégico, permanente”, analisou, revelando que o primeiro grande desafio é organizativo, de canalizar os esforços. “Alguns estados já estão fazendo esse debate. Rio de Janeiro, Ceará, São Paulo e Bahia estão realizando atividades nesse sentido. Temos que pensar sem sectarismo. Não que o que tínhamos antes não presta. Presta, mas é deficiente”, afirmou, lembrando que é necessário manter o debate. “Se deixarmos no espontâneo, vamos perder terreno”.


Fonte: Comerciários de Itabuna

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