“Outro EUA é necessário” é o lema do Fórum Social em Detroit

Desde a última terça-feira (22), milhares de ativistas estadunidenses estão em Detroit, (Michigan), para o II Fórum Social de Estados Unidos (FSEUA). O evento, que faz parte das celebrações dos dez anos do Fórum Social Mundial (FSM), acontece até o próximo sábado (26). Seminários, oficinas, assembleias e apresentações culturais e artísticas são apenas algumas das atividades programadas para esses cinco dias.

A ideia é reunir diferentes segmentos da sociedade – como desempregados, mulheres, povos indígenas, afro-americanos, sindicalistas e jovens – para fortalecer a articulação dos diversos movimentos. Segundo os organizadores do Fórum, o objetivo é construir um “movimento poderoso, multi-racial, de muitos setores, de várias gerações, diverso, inclusivo e internacional, que transforma este país e muda a história”.

Dessa forma, o FSEUA se propõe a ser um espaço de enfrentamento às injustiças sociais, um local onde grupos que vivem à margem da sociedade, como indígenas, migrantes indocumentados e afro-americanos, possam participar do evento sem serem excluídos. “Acreditamos que existe uma necessidade estratégica de unir as lutas das comunidades e dos povos oprimidos nos Estados Unidos (especialmente as comunidades negras, latinas, asiáticas/ das Ilhas Pacíficas, e indígenas) com as lutas das nações oprimidas no Terceiro Mundo”, destacam.

O Encontro apresenta 14 eixos temáticos principais: Capitalismo em crise; Justiça climática; Soberania indígena; Despejo, migração e imigração; Democracia e governança; À direita: internacionalmente e localmente; À esquerda: construindo um movimento para a justiça social; Estratégias para construir o poder e assegurar as necessidades das comunidades; Organizando o movimento trabalhista para o século 21; Justiça midiática, comunicação e cultura; Justiça transformativa, cura e organização; Guerras intermináveis: militarização, criminalização e direitos humanos; Solidariedade e responsabilidade internacional; e Detroit e o Cinturão da Ferrugem.

A expectativa é que o Fórum Social estadunidense consiga reunir cerca de 20 mil participantes até o próximo sábado, ou seja, cinco mil pessoas a mais que o primeiro FSEUA, realizado em 2007, em Atlanta. Até o encerramento, os ativistas poderão participar de atividades autogestionadas, oficinas, plenárias e Assembleias dos Movimentos Populares.

Agência Adital

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