Os funcionários da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiram suspender a greve que duravamais de 50 dias. Na Universidade Estadual Paulista (Unesp), no entanto, a paralisação continua.
A assembleia dos grevistas da USP foi realizada na tarde desta quarta-feira (30), em frente ao prédio da reitoria, após votação de proposta de fim da paralisação, definida em acordo entre a Comissão de Negociação da Reitoria e representantes do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).
Leia a proposta da comissão de negociação:
“Proposta de acordo de fim de greve
1 – Encerrada a paralisação e retomadas as atividades normais da universidade, a reivindicação de concessão de 01 referência (5%) na carreira dos servidores técnico-administrativos e demais benefícios, será examinada durante as negociações da Pauta Específica;
2 – O pagamento dos salários descontados correspondentes aos dias não trabalhados em virtude da paralisação, referentes aos meses de maio e junho, será realizado em até quatro (04) dias úteis após o encerramento da paralisação, em Folha Avulsa, mediante compromisso de reposição do trabalho não realizado, comprovado pelas chefias;
3 – Não haverá punição decorrente das atividades relacionadas ao movimento de mera greve;
4 – As negociações da Pauta Específica terão início no dia 5 de julho do corrente ano.”
Na Unicamp, a greve também foi suspensa após reunião entre a reitoria e o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU).
Leia comunicado da Unicamp:
“Em resposta ao ofício enviado no dia 28 de junho pelo Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, a reitoria da Unicamp comprometeu-se a:
1) Não promover demissões em razão dos dias parados durante a greve da categoria.
2) Pagar integralmente os salários de junho.
3) Substituir as faltas injustificadas por faltas justificadas.
Demais itens serão tratados durante a discussão da pauta específica da categoria, a ser agendada na primeira quinzena de julho.”
Greve
Os funcionários da USP, Unesp e Unicamp iniciaram greve no dia 5 de maio pedindo a isonomia entre os salários deles com o dos professores. Segundo os manifestantes, a isonomia foi quebrada quando o Conselho de Reitores das Universidades de São Paulo (Cruesp) concedeu aos professores das instituições um aumento de 6%, além de bonificação de R$ 500, o qual não foi estendido aos demais funcionários das universidades.
Em 18 de junho, após a resistência nas negociações, os servidores da USP passaram a pedir a promoção dos funcionários da instituição para uma faixa superior, o que garantiria um aumento salarial de 5%, além do pagamento dos dias parados.
Com informações do Último Segundo