Sintusp e USP retomam negociações para o fim da greve

 

O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp)  e a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) retomaram as negociações para o fim da greve, que já dura 57 dias, nesta quarta-feira (30). A reunião teve inicio às 9h na Rua Itapeva, no centro de São Paulo.

Desde as 8h30, cerca de 200 grevistas estão reunidos em frente à reitoria da Universidade em assembleia permanente para decidir o que será feito caso não haja acordo entre as partes. Caravanas de todas as unidades em greve da USP estarão presentes, segundo o sindicato.

De acordo com Magno de Carvalho, diretor de base do Sintusp, se a proposta da reitoria não atender as reivindicações de aumento salarial de 5%, restituição dos dias cortados e garantia de não haver punição aos grevistas, os funcionários irão fechar, no mesmo dia, o Centro de Computação da Universidade.

Na a manhã da última segunda-feira (28), dez viaturas da Força Tática da PM, do 16°Batalhão da Polícia Militar, entraram na Cidade Universitária, no Campus Butantã, e se posicionaram no estacionamento lateral do Centro de Computação Eletrônica (CCE). O movimento, segundo a PM, é uma operação de prevenção realizada à pedido da reitoria da USP. Nesta manhã, apenas 8 viaturas encontram-se no local.

A assessoria de imprensa da USP não quis adiantar informações sobre a proposta que será feita, mas afirmou que um dos objetivos da reitoria é chegar ao fim da greve porque a paralisação dos funcionários “tem causado grandes transtornos a comunidade acadêmica”.

As ameaças do Sintusp e a maior pressão junto à reitoria para o avanço das negociações deve-se ao fato de que esta é a semana decisiva para o movimento. A partir do dia 3 de junho não será mais possível qualquer reajuste a servidores públicos devido a Lei Eleitoral, que proíbe reajustes salariais 3 meses antes e 3 meses depois da eleição.

O movimento

A greve teve início por conta do reajuste de 6% dado aos docentes, além dos 6,57% oferecido a todos os servidores das universidades paulistas. No entanto, em assembleia com os grevistas no dia 17 de junho, o Sintusp decidiu aceitar negociar um aumento de 5% em vez dos 6,57%, antes reivindicados.

Já a ocupação do prédio da reitoria se deu por conta do corte do ponto de duas unidades operacionais. A medida cortou o salário de cerca de mil funcionários que participavam da paralisação. A desocupação só acontecerá mediante o pagamento do valor descontado.

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