Um relatório preparado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos de São Paulo (Sintect SP) confirmou a sobrecarga de trabalho por causa da falta de funcionários há tempos denunciada pela entidade.
Essa acúmulo de trabalho levou os Correios a atrasar o envio de correspondências às residências e empresas do país. Devido a esse problema, os prazos das entregas registram uma demora de até dois dias além do prazo previsto, apontou um levantamento feito pelo Sindicato dos Funcionários da Grande São Paulo. A entidade também reclama da demora na conclusão de um concurso público, que abrirá 6.565 vagas na empresa e já conta com um milhão de candidatos inscritos.
Os transtornos apontados pelo sindicato estão numa carta encaminhada no dia 11 de junho ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nela, os sindicalistas destacaram ainda que o Sedex, por exemplo, é entregue dois dias depois do prazo máximo. Normalmente, essas encomendas chegam ao destinatário no dia seguinte ao envio.
Com isso, Lula determinou que o Ministério do Planejamento acompanhasse de perto as possíveis soluções para resolver os problemas nos Correios. Procuradas, a pasta e a estatal não se manifestaram. “Nem mesmo com as horas extras conseguem atenuar os atrasos”, detalhou Arnaldo de Salvo Júnior, assessor da direção do sindicato. Ele salientou que o déficit de funcionários na empresa chega hoje a dez mil em todo o país. Atualmente, os Correios têm 110 mil trabalhadores no Brasil, dos quais 25 mil no estado.
Sobre o concurso, Arnaldo destacou que a promoção das provas e a convocação dos aprovados ajudariam a aliviar o problema. “Esse número previsto nessa seleção faria a reposição daqueles que aderiram ao Programa de Demissões Voluntárias (PDV) aberto no ano passado.”
As inscrições do concurso foram abertas em 28 de dezembro do ano passado, mas a estatal não oficializou a empresa organizadora até agora, nem ma rcou as datas das provas. Os salários iniciais variam de R$ 706,48 a R$ 3.431,06.
Fonte: Sintect SP
