O presidente do Equador, Rafael Correa, disse nesta segunda-feira (5) que o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, pode ser preso se visitar o Equador, já que a Justiça do país tem um mandado de detenção contra ele.
O pedido de prisão contra Santos – que assumirá a Presidência da Colômbia em agosto – foi formalizado em abril por um juiz equatoriano. A Justiça acusa o político de planejar a ação militar em território equatoriano que terminou com a morte de 24 pessoas, incluindo o líder guerrilheiro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Raúl Reyes, em março de 2008.
A operação levou ao rompimento das relações diplomáticas entre Quito e Bogotá e inciou uma crise na região, na a Venezuela se envolveu diretamente, inclusive com a movimentação de tropas na região de fronteira.
Correa disse que o presidente eleito da Colômbia não poderá entrar no país enquanto o processo estiver em andamento. “É um pena, enquanto existir a ordem de prisão e o processo estiver aberto, não poderá fazê-lo. A Justiça é independente e eu não posso fazer nada”, explicou.
A ordem de prisão contra Santos foi emitida enquanto o presidente eleito ainda exercia o cargo de ministro da Defesa da Colômbia, após a incursão militar para destruir um acampamento das Farc. O governo da Colômbia, por sua vez, disse que não reconhece a autoridade equatoriana para investigar e julgar seus funcionários.
Com agências
