Em paz com a Globo, CBF apresenta oficialmente logomarca da Copa de 2014

Depois de passar a pão e água durante a era Dunga, a Rede Globo deu sinais de que voltará a viver tempos de maior proximidade com a seleção brasileira. Na festa de apresentação da logomarca da Copa de 2014, realizada nesta quinta-feira, em Johanesburgo, figuras-chave da emissora tiveram papel de destaque.

O diretor Luiz Gleiser, da Globo, dirigiu a festa, transmitida ao vivo pela Globo, e também pelos canais pagos ESPN, SporTV e BandSports. Os atores Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima, do elenco da emissora, foram os mestres de cerimônia do evento. O vídeo que apresentou ao público as atrações do Brasil – um país sem “vulcões, furacões, terremotos” – foi narrado pelo jornalista Renato Machado, apresentador do “Bom Dia Brasil”.

Outros funcionários da emissora também tiveram tratamento especial. Alguns jornalistas, como Fátima Bernardes, apresentadora do “Jornal Nacional”, se sentaram na área reservada aos convidados, bem distante do setor destinado à imprensa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou durante a cerimônia, prometendo transparência nos gastos públicos e uma “Copa verde”, preocupada com o meio-ambiente. Antes de ler o seu discurso, Lula agradeceu a presença dos ex-jogadores presentes, Carlos Alberto Torres, Romário, Bebeto, Cafu. Michel Platini e Franz Beckenbauer, fazendo piadas e cometendo uma série de erros históricos.

Presidente do comitê organizador da Copa 2014 e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, por seu lado, prometeu: “2014 será uma celebração impecável e inesquecível”.

Depois de Ricardo Teixeira foi a vez do presidente da Fifa, Joseph Blatter, subir ao palco para discursar. Suíço, ele misturou quatro idiomas – inglês, francês, português e até espanhol – para falar da próxima Copa. Blatter exaltou os “amigos” Lula e Teixeira e também destacou a preocupação com o que o Mundial vai deixar de herança para o país.

“Ainda não terminamos a Copa de 2010, mas já estamos no ritmo do samba de 2014. O Brasil é o país do futebol. Não há um país no mundo que se identifique mais com esse esporte do que o Brasil. Cinco títulos mundiais estão lá, onde o futebol é uma religião. Chegou a hora de levarmos a Copa de volta à América do Sul e ao Brasil”, disse.

Blatter também lembrou de uma conversa que teve com Lula há algum tempo e quando falaram do envolvimento social que um Mundial no Brasil poderia ter. “O presidente está aqui e sei que queria ver a sua seleção (eliminada nas quartas de final pela Holanda) na decisão. Mas futebol é assim mesmo… Hoje me recordo de quando conversamos sobre futebol e educação.
Futebol é educação. Futebol é importante para o futuro dos jovens. A Copa do Mundo vai desempenhar um importante papel social e econômico para o país. Chegou a hora de vivermos um outro idioma, chegou a hora de falarmos português, brasileiro… Desejo todo sucesso ao Brasil. Até breve…”, finalizou.

Com agências

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