A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou os dados do primeiro semestre de produção e vendas e a recuperação das exportações. No primeiro semestre, a produção nacional de veiculo cresceu 19,1%, atingindo 1.753 milhão de unidades produzidas contra 1,472 milhão do mesmo período do ano passado. O resultado é o melhor de toda a história.
O maior volume fabricado foi para atender o crescimento das vendas tanto interna como externas, porque mercados tradicionais para os quais o Brasil exporta, principalmente na América Latina e África, vêm se recuperando da crise, que abateu vários países no ano passado. O volume das exportações entre janeiro e junho foi de 62,3%. Em suma, no primeiro semestre de 2010, o faturamento foi de US$ 3.528 bilhões, enquanto que em todo ano de 2009, o faturamento total foi de US$ 5,272 bilhões.
Em veículos vendidos, as exportações somaram 306,4 mil unidades no primeiro semestre. No mesmo período de 2009, foram 284,4 mil, isso significa um aumento de 7,7% na produção.
Já a venda interna no Brasil cresceu 9% no primeiro semestre. Foram vendidos 1.589 milhão de unidades contra 1.450 milhão no primeiro semestre de 2009. A Anfavea estima uma projeção de crescimento interno de 8%, com vendas de 3,4 milhões de unidades para 2010.
Esses dados comprovam que os sindicatos devem lutar para melhorar as condições de salário e trabalho. Está na ordem do dia a luta por redução de jornada para 40 horas semanais sem redução de salário.
Se a indústria automobilística vem a cada ano aumentando a sua produção, nada mais justo que também os trabalhadores melhorem as condições de trabalho e salário.
Para a indústria automobilística a crise de fato foi só uma marolinha, já para os trabalhadores continua com baixos salários, jornada de trabalho extenuante, e quando se trata de PLR, é uma vergonha o que os trabalhadores recebem.
Pascoal Carneiro é secretário-geral da CTB