Cepal prevê crescimento de 7,6% no Brasil e 5,2% na América Latina

 

A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) prevê que a economia do Brasil deve crescer 7,6% neste ano e influenciar a expansão da economia da região, que deve ter um crescimento de 5,2% em 2010.

Os dados foram divulgados pelo órgão da ONU nesta quarta-feira, em Santiago, no Chile. De acordo com a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, o crescimento regional “será mais alto do que o previsto” -em especial, na América do Sul.

“As maiores taxas de crescimento em 2010 observam-se na América do Sul, encabeçadas pela economia de maior tamanho, o Brasil, que crescerá 7,6%, seguida por Uruguai (7%), Paraguai (7%), Argentina (6,8%) e Peru (6,7%)”, afirmou.

Oficialmente, o Ministério da Fazenda estima uma expansão de 6,5% para a economia brasileira, mas o próprio ministro Guido Mantega já chegou a falar em um crescimento de 7%.

Na última segunda-feira, o boletim Focus -divulgado semanalmente pelo Banco Central com base em consultas ao mercado- registrou a previsão de um crescimento de 7,2% do PIB do Brasil em 2010.
Resultados

Alicia Bárcena observou que os países da América Latina apresentam resultados diferentes em suas economias.Segundo ela, os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) registram resultados melhores pela “maior capacidade de adotar políticas públicas”. Segundo a Cepal, os quatro membros do bloco devem crescer acima dos 6%.

Bárcena ressaltou ainda que a expansão está ligada também aos países que, como o Brasil, têm forte mercado interno e alta participação nas exportações para a Ásia.

Outros países da região terão taxas de crescimento mais modestos, como Bolívia (4,5%), Chile (4,3%) e México (4,1%). Os menores patamares foram previstos para Colômbia (3,7%), Equador e Honduras (2,5%), Nicarágua e Guatemala (2%).

Os dois países com previsão de queda na economia são Venezuela (-3%) e Haiti (-8,5%).

A Cepal afirma que a situação econômica do Haiti foi afetada pelo terremoto que arrasou o país em janeiro passado. No caso do Chile, atingido por um terremoto em fevereiro, a previsão de crescimento também foi reduzida, mas em menor escala.

De acordo com o organismo, o maior nível de atividade econômica regional teve uma repercussão positiva sobre o emprego. Isso permitirá uma redução do desemprego na região, que deve ficar em aproximadamente 7,8% em 2010 – uma redução em comparação à taxa observada em 2009 (8,2%).

Para 2011, a Cepal prevê um crescimento menor na região, de 3,8%, devido a “incertezas que persistem na economia internacional, sobretudo na Europa”.

Fonte: BBC Brasil

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