FSM recebe homenagem em Caracas por seus 65 anos de história

A Federação Sindical Mundial (FSM) recebeu nesta quarta-feira (21), em Caracas (Venezuela), uma homenagem por conta de seus 65 anos de história. O ato político foi uma iniciativa da União Nacional de Trabalhadores (Unete) e contou com a participação de cerca de 400 trabalhadores e trabalhadoras de todo o continente, reunidos na capital do país por conta da terceira edição do Encontro Sindical Nossa América (Esna).

Diversos dirigentes da CTB acompanharam a homenagem. O secretário adjunto de Relações Internacionais da entidade, João Batista Lemos, fez parte da mesa que conduziu os trabalhos. “Foi uma bela homenagem, condizente à importância dos 65 anos de existência da FSM”, afirmou.

O coordenador-geral do ESNA, Juan Castillo, também fez questão de saudar toda a luta travada pela FSM ao longo de seus 65 anos. “Esse reconhecimento da Unete é primordial, pois valoriza a luta anticapitalista e antiimperialista travada pelos companheiros que já passaram pela FSM”, afirmou. “Neste ano em que diversos países latino-americanos comemoram o bicentenário de sua independência, podemos dizer que estamos aqui para conquistar a real libertação de nossas pátrias”, concluiu.

Pedro Suarez, dirigente da Unete, destacou o passado e o presente de luta da FSM, ao abordar seu papel na luta pelas mudanças e a busca pela unidade entre os trabalhadores. “Ao contrário do tipo de sindicalismo que existia no passado, hoje podemos participar ativamente das mudanças em curso”, afirmou.

65 anos

Fundada em 03 de outubro de 1945, a Federação Sindical Mundial nasceu com a responsabilidade de representar a 67 milhões de trabalhadores em todo o mundo, com membros de 56 organizações nacionais de 55 países, além de 20 organizações internacionais.

Atualmente, a FSM representa a 72 milhões de trabalhadores e todo o mundo. Durante a homenagem desta quarta-feira, seu secretário-geral, George Mavrikos (na foto ao lado), afirmou que a celebração não era apenas algo para relembrar o passado do movimento sindical classista, mas sim para reafirmar a luta dos trabalhadores por novos caminhos, rumo a um futuro mais justo.

Em sua pagina na internet, a FSM define uma série de palavras como fundamentais para a atuação da entidade atualmente: análise, unidade, ação, luta, democracia, solidariedade, independência e coordenação. Fiel a essa linha, Mavrikos criticou o papel que vem sendo desempenhado atualmente pela Confederação Sindical Internacional (CSI) e suas escolhas, cada vez mais distantes das prioridades dos trabalhadores.

“Enviamos desde Caracas nossa saudação aos povos que lutam contra os imperialistas norte-americanos e europeus. Nós, da FSM, seguiremos desmascarando o papel da CSI, que tem atuado no sentido de apoiar os governos imperialistas e críticas aqueles que são progressistas”, afirmou.

Segundo o secretário-geral da FSM, a entidade seguirá lutando pelo caminho que considera mais indicado para combater o imperialismo: o da unidade. Com esse espírito, convocou os trabalhadores de todo o mundo a fazer parte do próximo Congresso da entidade, a ser realizado em abril de 2011, na Grécia. “Podemos, no próximo Congresso, dar um grande passo em nossa luta, que é a de um mundo sem exploração, um mundo socialista, no qual todos tenham endereço e possam sonhar por um amanhã melhor, com saúde, educação e cultura”, concluiu.

Por Fernando Damasceno – Portal CTB

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