ESNA é ferramenta de união da classe trabalhadora, diz Juan Castillo

Terminada a 3ª edição do Encontro Sindical Nossa América, realizada em Caracas (Venezuela), entre os dias 21 e 23 de julho, seu coordenador-geral, o uruguaio Juan Castillo, entende que o ESNA reafirmou sua característica de ser uma ferramenta de união da classe trabalhadora do continente.

“O que vimos mais uma vez no ESNA foi uma troca de experiências e debates muito rica, que gera uma ferramenta capaz de unir a ação dos trabalhadores e trabalhadoras da América”, afirmou, no último domingo (25).

Segundo Castillo, a experiência adquirida pela organização dos dois eventos anteriores, em Quito e São Paulo, permitiu que a edição de Caracas alcançasse uma abrangência maior. “Não tenho dúvidas de que foi um encontro muito especial e importante, que deu ao ESNA um salto de qualidade, a partir de todos os pontos de vista — desde o organizativo até o da participação e a quantidade de delegados, com a representação de vários países e a quantidade de intervenções nos debates, que geraram a elaboração de bons documentos”, disse.

Respaldo de Chávez

O uruguaio, representante da PIT-CNT, também destacou a presença do presidente Hugo Chávez na cerimônia que marcou o fim do 3º ESNA e se mostrou satisfeito com o apoio dado pelo Comandante à busca de um maior protagonismo político por parte da classe trabalhadora. “Foi sem dúvida um encerramento brilhante, com a presença do Comandante Hugo Chávez, que prestigiou nosso evento. Isso nos deixa com desafios ainda mais importantes para o futuro. É claro que é preciso aprimorar algumas coisas, mas estamos muito contentes com este encontro de Caracas”, avaliou.

Castillo também destacou a necessidade de criar junto aos trabalhadores da região uma consciência política mais ampla, como fator essencial para novos avanços. Nesse sentido, ele avalia que os debates ocorridos em Caracas deixaram um bom legado para os sindicatos de toda a América.

“A classe trabalhadora e o movimento sindical contam com outros setores sociais e populares para, juntos, gerar uma maior consciência política em busca de novos avanços. Vários avanços estão ocorrendo em vários países. Há uma coincidência, mas não há modelos para isso. Na Venezuela há experiências valiosas, que talvez não sejam aplicáveis ao Brasil e ao Uruguai, mas são respeitáveis e devem ser assimiladas pelos trabalhadores”, afirmou.

De Caracas,
Fernando Damasceno

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