Metalúrgicos paralisam produção do Complexo Ford de Camaçari por 24 horas

 

Cerca de 11 mil trabalhadores do Complexo Ford, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, cruzaram os braços na manhã desta sexta-feira (27). A paralisação também envolveu os funcionários de empresas que prestam serviços para a montadora, como Resil, IMBE, Sian e Thyssenkrupp, com sede no mesmo município. Com isso, cerca de 1 mil carros deixarão de ser produzidos na unidade da Ford.

A parada, que começou bem cedo, as 5h30, é mais uma mobilização da campanha salarial para pressionar o sindicato patronal a aceitar a proposta de 12% de aumento salarial, além de outros pontos da pauta de reivindicação.

As reuniões entre o Sindicato dos Metalúrgicos e as empresas, que começaram em julho, terminaram em impasse. Até agora, os empresários oferecem apenas 6% de aumento salarial, proposta rejeitada pela categoria em diversas assembléias.

De acordo com o Sindicato, caso não haja avanço na negociação, os metalúrgicos deverão promover novas paralisações, com possibilidade de uma greve geral. O setor metalúrgico passa por um excelente momento econômico, de alta produtividade e lucros exorbitantes. Por isso, as empresas têm todas as condições de oferecer reajuste de 12%. Só para se ter uma idéia, a Paranapanema, gigante na produção de cobre, situada no município de Dias D’Ávila, lucrou R$ 100 milhões somente no primeiro semestre deste ano.

Fonte: Dante Matisse – Metal Camaçari

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