Trabalhadores vão às ruas Brasil afora no 16º Grito dos Excluídos

Com o tema: “Onde Estão Nossos Direitos? Vamos às Ruas para Construir um Projeto Popular!”, neste 07 de setembro foram realizadas em diversas capitais estaduais e em todas grandes cidades do país, com a participação de milhões de trabalhadoras e trabalhadores, do campo e da cidade, o 16º Grito dos Excluídos.

A edição deste ano não só defendeu a distribuição de terra e limite de propriedades rurais, como também questões relacionadas às cidades foram lembradas.

Durante as atividades,  manifestantes ligados à pastorais sociais da Igreja Católica, movimentos sociais, centrais sindicais e a sindicatos reivindicaram ações dos governos (federal, estadual e municipal) para os vários problemas da população, como acesso a moradia, regularização e urbanização das favelas, preservação do meio ambiente, acesso a cultura e lazer, além de políticas contra lixões e pedágios, entre outros.

Em Brasília, a atividade reuniu cerca de mil pessoas, que participaram da passeata paralela ao desfile da Independência, na Esplanada dos Ministérios. “Os empresários têm muita terra, o governo também e vai tudo para as empresas”, disse o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Edson Francisco da Silva.

Em Recife, manifestação do Grito dos Excluídos percorreu várias ruas do centro até o Pátio do Carmo.

Em São Paulo, a chuva não impediu uma romaria da Praça da Sé até o Monumento da Independência, no Ipiranga, que teve como tema este ano “Onde Estão os Nossos Direitos? Vamos às Ruas Para Construir um Projeto Popular”. Pouco mais de uma centena de pessoas andaram pelos seis quilômetros de distância. Antes, participaram de uma missa na Cadetral da Sé.

“Precisamos de um novo grito de independência. E uma das principais reivindicações do Grito neste ano é o estabelecimento de um limite de tamanho para as propriedades rurais. Por isso, apoiamos o plebiscito sobre o tema”, disse o coordenador da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo, Paulo César Pedrini.

Consulta popular

Um plebiscito popular intitulado Pelo Direito à Terra e à Soberania Popular foi o ponto alto desta edição, que teve como lema a afirmativa A Vida em Primeiro Lugar. A organização do Grito dos Excluídos realizou um plebiscito em todo o Brasil, colhendo nomes em abaixo assinado, com o objetivo de pressionar o Congresso Nacional a votar uma emenda constitucional que determine um limite ao tamanho das propriedades rurais.

No Brasil, um dos grandes responsáveis pela miséria e pela fome, que persistem, é a imensa concentração da propriedade da terra nas mãos de poucos. Alguns poucos que possuem gigantescos latifúndios, com grandes áreas improdutivas, enquanto a imensa maioria dos trabalhadores não tem um pedaço de chão para plantar para a subsistência e sobrevivência básicas.

História

O Grito dos Excluídos, que teve início em 1995, é uma programação popular na qual os movimentos e entidades sociais, populares e de trabalhadores denunciam a exclusão social, a discriminação e a exploração capitalista e, ao mesmo tempo, assinalam alternativas e saídas.

Neste ano de 2010, em resumo, a luta é pela realização de uma real, efetiva e completa reforma agrária.

Com informações das agências

 

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