Médicos residentes da Bahia entram no 23º dia de greve

 

Em greve há 23 dias, os médicos residentes realizam assembleia às 16h desta sexta-feira, 10, no Hospital das Clínicas, bairro do Canela, em Salvador. Os profissionais paralisaram as atividades no dia 17 de agosto, em todo o país, em busca de um reajuste salarial de 38,7%, melhores instalações hospitalares, ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses e pela manutenção de direitos, como o auxílio moradia, que começou a ser substituído pelo auxílio alojamento em alguns lugares do Brasil.

De acordo com o presidente da Associação Baiana dos Médicos Residentes (AMR-BA), Patrick de Oliveira, durante a assembleia desta sexta-feira, os residentes vão definir e organizar novos atos de mobilização. “Queremos repassar à população a nossa luta por melhorias na saúde”, afirmou.

Segundo Patrick, 80% dos 901 médicos residentes do estado aderiram ao movimento. “Apenas 30% dos residentes, que trabalham em UTI, urgência e emergência, continuam trabalhando para que o atendimento à população não seja prejudicado”, encerrou.

Cerca de 70% dos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão comprometidos com a paralisação dos residentes na Bahia. Estão no movimento, médicos dos hospitais das Clínicas, Roberto Santos, Santo Antônio, Santa Isabel, São Rafael e Ana Neri, na capital, e médicos de Itabuna, Feira de Santana, Barreiras e Vitória da Conquista, no interior do Estado.

Negociação

Nesta quarta-feira, 8, lideranças nacionais do movimento se reuniram com o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, onde ficou decidido que uma nova rodada de negociação será agendada para os próximos dias. A proposta do governo para a categoria é de 20% de aumento no salário a partir do orçamento de 2011, segundo informou o Ministério da Saúde em nota oficial divulgada no dia 17 de agosto.

Em contraproposta, a categoria pediu 28,7% de reajuste imediato mais 10% para o próximo ano com a inclusão de auxílio-moradia e alimentação, 13º salário, reajuste residual para setembro de 2011 e remuneração dos preceptores. O governo negou a proposta.


Fonte: A TARDE On Line

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