O “Tea Party”, movimento conservador norte-americano, conquistou nesta terça-feira (14) uma importante vitória na última grande votação primária antes das eleições legislativas do próximo dia 2 de novembro. Uma das grandes vencedoras da noite foi a candidata Christina O’Donnell, que superou nas primárias republicanas de Delaware o candidato da ala moderada do partido, Mike Castle, e que agora enfrentará o candidato democrata, Cris Coons, pela cadeira que ocupou o atual vice-presidente do país, Joe Biden.
A vitória da candidata do Tea Party, que tinha recebido o apoio da ex-governadora do Alasca e símbolo do movimento conservador Sarah Palin, foi mais ampla que o esperado.
Quando tinham sido contabilizados 78% dos colégios eleitorais, O’Donnell recebia o respaldo de 54% dos eleitores, contra 46% de seu rival, governador durante dois mandatos e congressista com mais tempo de atividade na história do estado.
Era a terceira vez que O’Donnell, 41, se candidatava a um assento no Senado. Em 2006 perdeu em prévias republicanas com três candidatos, e, em 2008, Biden a venceu com tranquilidade.
As pesquisas indicavam que Castle tinha chance de conquistar a cadeira, o que representaria uma importante vitória moral republicana frente a Coons. O’Donnell mostra piores resultados nas mesmas pesquisas.
Os funcionários do Partido Republicano tinham advertido que, caso vencesse as prévias, a candidata não contaria com o apoio dos colegas de formação.
Em outra votação acompanhada muito de perto, o advogado Ovide Lamontagne, também próximo ao Tea Party, derrotou o ex-procurador-geral Kelly Ayotte por 45% dos votos contra 35%, ao início da apuração das primárias republicanas para o Senado em New Hampshire.
Os resultados confirmam o descontentamento generalizado do público com os legisladores atuais. Até o momento, sete legisladores — quatro republicanos e três democratas — foram derrotados em primárias. Em várias votações internas, os candidatos do Tea Party derrotaram aspirantes republicanos oficiais.
Na jornada eleitoral desta terça também era decidido o futuro do congressista democrata por Nova York, Charles Rangel, que enfrentava prévias contra outros cinco candidatos depois que uma comissão da Câmara de Representantes o acusou de uma série de falhas éticas.
Também passava por votações o prefeito de Washington, o democrata Adrian Fenty, que nas pesquisas estava atrás de seu rival nas primárias, Vincent Gray.
Nas eleições de 2 de novembro será renovada toda a Câmara de Representantes e um terço do Senado dos EUA, assim como 30 governadores estaduais.
Com informações da Efe