Trabalhadores da Toyota em Indaiatuba e da Mercedes-Benz em Campinas, cidades do interior de SP, decidiram nesta segunda-feira (20) manter a greve iniciada na última quinta-feira. Segundo informações do sindicato dos metalúrgicos da região, a continuidade da paralisação foi apoiada pelos empregados em assembleias realizadas nesta segunda-feira nas duas unidades.
“Nas reuniões entre o sindicato e a Mercedes, não houve avanços econômicos nas propostas apresentadas. Na Toyota, ainda não houve reunião”, informou a agremiação sindical.
Procurada pelo Valor, a assessoria de imprensa da Toyota informou que cerca de 2 mil trabalhadores em Indaiatuba aderiram à greve. A fábrica, de onde sai o modelo Corolla, está deixando de produzir 290 carros a cada dia de paralisação.
Já a Mercedes-Benz diz que o movimento paralisou as linhas de produção em Campinas, onde a montadora fabrica peças remanufaturadas. No entanto, os setores administrativos da planta não foram afetados, de acordo com a assessoria de imprensa da companhia de origem alemã.
Os trabalhadores querem um reajuste salarial de 17,45% e já recusaram a proposta de um aumento de 10,5%. As discussões passaram a se dar diretamente com as montadoras, após o Sinfavea – sindicato que representa as montadoras nas negociações coletivas – ter abandonado as negociações na semana passada.
Por outro lado, os trabalhadores da fábrica da Honda em Sumaré – também no interior paulista – já aprovaram o acordo proposto pela empresa, conforme o sindicato dos trabalhadores da Região Metropolitana de Campinas.
Além do aumento salarial, os empregados pedem redução da jornada para 36 horas semanais, sem redução salarial e sem banco de horas. Também querem licença maternidade de 180 dias, auxilio creche para crianças com até 6 anos de idade e o fim do fator previdenciário, entre outros pontos.