Metrô de São Paulo vive dia de caos

Durante a manhã desta terça-feira (21), os usuários do sistema metroviário de São Paulo viveram um dia de caos, quando uma falha em uma das portas de uma composição gerou  um efeito cascata, paralisando por 3 horas a linha 3 (Vermelha).

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O problema na linha,  que compreende o trecho Palmeiras-Barra Funda/Corinthians-Itaquera, começou por volta das 7h50, entre as estações Pedro 2º e Sé. Passageiros, então, acionaram o botão de emergência da composição e desceram nos trilhos, obrigando o Metrô a interromper o fornecimento de energia no trecho e causando restrição na circulação de toda a via. Estações ficaram fechadas.

Durante a paralisação, pontos de ônibus ficaram lotados e o trânsito ficou complicado em vias da zona leste –como a Radial Leste. O problema começou a ser normalizado por volta das 11h, com o restabelecimento da energia.

 

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Efeito cascata

De acordo com a assessoria do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, a cabine da composição recebeu a sinalização de abertura de porta. Em seguida, o condutor acionou uma série de procedimentos para que um metroviário fosse até o local, mas não houve a confirmação de que a porta realmente estivesse aberta.

“Se a porta abriu fora da estação, é um problema grave, mas não temos essa confirmação”, disse Benedito Barbosa, diretor de comunicação e imprensa do sindicato. Um sistema de segurança deveria impedir que as portas fossem abertas fora das estações, mas os passageiros começaram a quebrar os vidros de portas e janelas para saírem das composições.

Uma das preocupações do sindicato dos Metroviários durante a paralisação está relacionada à segurança tanto dos usuários quanto dos funcionários, que tiveram alguns contratempos em resolver a situação. De acordo com o diretor de comunicação do sindicato, Benedito Barbosa, as portas dos trens não deveriam ter aberto ao usuário ter pressionado o botão de emergência ou o chamado “botão soco”.

Ele explica que houve falha na porta da composição. Assim, quando outros passageiros viram os primeiros saírem do vagão, começaram a ter a mesma atitude e foi um ciclo até chegar a outros trens. O “botão de soco” deveria servir para paralisar a composição e alertar os funcionários para irem ao local resolver a questão e, depois, abrirem as portas.

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Além disso, o grande número de usuários acabou influenciando no tamanho do problema desta manhã, afirmou ele.

 

Superlotação

metro_caos2Segundo o diretor, mais conhecido como Benê, o metrô já transporta cerca de 10 pessoas por metro quadrado, o que mostra uma superlotação no sistema público de transporte. Essa questão foi apontada por ele como uma das causas do que ele chamou de “caos” entre às 8h e 11h na linha 3.

Ele disse que 17 trens foram depredados, janelas, portas e luzes quebradas, passageiros subiram nas composições. Muitas delas tiveram que ser recolhidas para manutenção.

De acordo com Barbosa, os metroviários fizeram todo o possível com as ferramentas que possuíam naquele momento, mas muitos poderiam ter sido fisicamente ou verbalmente agredidos, já que nesse momento os usuários acabam ficam exaltados.

“Se fosse um fim de semana, quando o número de passageiros não é tão alto, talvez o problema da porta do metrô não tivesse chegado ao nível que chegou hoje”, afirmou o diretor de comunicação do sindicato.

Leia também: Rotina: Usuários da linha Vermelha do Metrô enfrentam outra manhã com paralisação

Com informações do Sindicato dos Metroviários de SP

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