Chico Buarque participa de homenagem a Saramago em SP

Grandes personagens da cultura brasileira prestaram nesta quarta-feira (22), em São Paulo, uma homenagem com clima intimista ao escritor português José Saramago, falecido em junho.O evento contou com a presença da viúva do vencedor do prêmio Nobel, a espanhola Pilar del Río; com o cantor Chico Buarque e com o diretor de cinema Fernando Meirelles, entre outros.

“José Saramago escreveu literatura. Ele era um escritor. Brindemos pela palavra viva de Saramago e sua literatura”, disse Danilo Santos de Miranda, o diretor regional do Sesc, que recebeu a homenagem em uma de suas unidades, no bairro de Vila Mariana.

Miranda afirmou que, atualmente, não há produção literária com compromisso, algo muito diferente do que fez Saramago, que, para ele, “não separava a voz política de sua literatura”.

Pilar del Río foi quem começou a leitura dos fragmentos em um palco negro sobre o qual apareciam impressas em letras brancas trechos obras como “Ensaio sobre a cegueira” e “O evangelho segundo Jesus Cristo”, entre outras.

Vestida totalmente de preto, assim como os demais participantes, à exceção de Chico, que estava de roupa marrom, a viúva do escritor foi a única que fez sua leitura por trás da tela sobre a qual se projetavam os textos, em uma simbologia do que ela representava para o escritor.

Entre os textos eram exibidas imagens extras do documentário “José & Pilar”, com Saramago falando sobre sua experiência de vida e de seu ateísmo, em tom bastante irônico.

As atrizes Denise Weinberg, Ligia Cortez e Bete Coelho, entre outros, também leram partes da obra de Saramago. O fragmento final ficou por conta de Chico Buarque.

Saramago era um homem “com uma grande lucidez e clareza. Era o campeão de inimigos” entre eles os capitalistas e o catolicismo, disse, antes do ato, Fernando Meirelles, que dirigiu a adaptação para o cinema de “Ensaio sobre a cegueira” e produziu “José & Pilar”, cuja estreia mundial acontece no próximo sábado (25) no Festival do Rio.

Meirelles, que definiu o documentário como “muito revelador”, afirmou: “Se não fosse por Pilar, Saramago não teria sido do tamanho que foi. Ela era seu complemento”.

Com informações do G1

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