Sindicato de Sergipe mobiliza bancários da capital e do interior para a greve

O Comando Nacional dos Bancários e a Federação  Nacional dos Bancos – Fenaban – concluíram na última quarta-feira (22), a quinta rodada de negociações da Campanha Salarial 2010. Os bancários estão reivindicando 11% de reajuste e elevação do piso salarial, mas os banqueiros ofereceram apenas 4,29% depois de 30 dias de negociações. Sem avanços econômicos e sociais, os bancários poderão entrar em greve a partir do próximo dia 29. O Sindicato dos Bancários de Sergipe está mobilizando bancários da capital e do interior para a greve que deverá ser deflagrada na assembleia de hoje, dia 28.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, José Souza, participou da última reunião, realizada em São Paulo. “Pela primeira vez os representantes dos banqueiros não apresentaram uma proposta por escrito. A resposta foi de boca. Disseram que 11% é um índice exageradamente alto. Que não devemos usar outras categorias como parâmetro. Ou seja, rejeitaram nossa proposta. Nada de aumento real. Nada de PLR. Nada de elevação no piso. Os banqueiros, por algum motivo que ainda não sabemos, estão querendo o confronto da greve”, informa Souza.

Enquanto isso, a direção do Sindicato continua visitando as agências e dialogando com a sociedade para mostrar a importância da luta dos bancários. Contando com a participação do grupo de teatro ‘Kaza da Imaginação’, na segunda-feira, dia 20, a direção do SEEB/SE visitou as agências Caixa Serigy e Banese Central. Na terça-feira, dia 21, pela manhã a mobilização ocorreu no Itaú Unibanco, da Travessa José de Faro, onde a abertura da agência foi retardada por uma hora. E à tarde, foi a vez dos funcionários do Centro de Processamento de Dados da Caixa assistirem à peça teatral ‘Desmascarando o truque do banqueiro’.

Mobilização

Na quinta-feira, dia 23, a mobilização aconteceu na cidade de Própria; na sexta (24), em Itabaiana; e na segunda (27), em Lagarto. Em Estância, a mobilização está sendo constante, com o diretor da subsede de Estância e Região, Manoel Morais. “Caso não haja nenhum avanço, a categoria poderá decidir entrar em greve por tempo indeterminado. Por isso é importante que o bancário compareça ao Sindicato e participe das assembleias para se inteirar do andamento das negociações e dos encaminhamentos aprovados”, diz Ivânia Pereira, diretora do SEEB/SE e funcionária do Banese.

“É preciso que o bancário saiba que ele é a engrenagem no processo de lucro dos bancos. E os clientes, que eles são a razão para o trabalho dos bancários. Por isso este ano a campanha dos bancários traz como mote ‘Um outro banco é preciso, um outro banco é possível’. Chegou a hora de valorizar bancários e clientes, e a sociedade precisa saber que a luta não é apenas dos bancários, mas de todos os sergipanos”, reforça o diretor do SEEB/SE José Américo.

O que os bancários reivindicam

● 11% de reajuste salarial.

● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.

● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

● Previdência complementar em todos os bancos.

● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.

● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.

● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.

Com informações da SEEB SE

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