Greve dos bancários começa forte na Bahia e Sergipe

Em assembleias realizadas na noite desta terça-feira, dia 28, os bancários da Bahia e Sergipe decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de hoje (29), até que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) atenda as reivindicações da categoria.

Segundo informações repassadas até o momento (14h00), estão fechadas nesta quarta-feira, na base do Sindicato dos Bancários da Bahia, as agências do Comércio, Avenida Sete, Baixa dos Sapateiros, Sete Portas (Caixa) e Itapoan (Caixa, BB, Itaú, Bradesco e Unibanco), em Salvador; e nas cidades de Antas (BB), Coronel João Sá (BB), Geremoabo (BB), Maragojipe (BB) e Tucano (BB).

No interior, estão fechadas as agências na base dos sindicatos de Vitória da Conquista (24), Juazeiro (8), Ilhéus (10), Jequié (18), Barreiras (8), Camaçari (12), Irecê (22), Itabuna, Feira de Santana e Jacobina. O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, avalia que “o primeiro dia de greve dos bancários começou forte e com grande potencial de mobilização e crescimento”.

Depois de um mês de negociações, a Fenaban apresentou na semana passada proposta de reajuste de 4,29% (a inflação dos últimos 12 meses medida pelo INPC), rejeitando as reivindicações de aumento real, valorização dos pisos salariais, melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), melhores condições de trabalho e preservação da saúde, principalmente o fim das metas abusivas e do assédio moral, além de medidas que preservem o emprego e protejam a vida.

O que os bancários reivindicam

● 11% de reajuste salarial.

● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.

● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

● Previdência complementar em todos os bancos.

● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.

● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.

● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.

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