Greve dos bancários em Sergipe atinge 80% das agências

A greve nacional dos bancários segue forte em Sergipe e já atingiu 80% das agências em funcionamento no Estado. Na última sexta-feira, dia 1º, foram paralisadas 109 agências. Nesta segunda-feira (4), sexto dia de paralisação, o número de agências paralisadas subiu para 120.

A greve na Caixa Econômica Federal mantém-se com 100% de paralisação. No primeiro dia foram fechadas 15 das 21 agências, mas com o empenho do Comando de Greve para fechar a Agência Serigy, a maior do Estado, todas ficaram fechadas.

No Banco do Brasil, a greve também já atingiu 100% nesta segunda-feira, dia 4, quando foram paralisadas todas as 48 agências existentes no Estado. No primeiro dia de paralisação, foram fechadas apenas 26. A que insiste em funcionar, atende de forma precária, apenas com alguns gerentes.

Dos bancos públicos federais existentes no Estado, a maior dificuldade para fechamento encontra-se no Banco do Nordeste, onde existem 15 agências e até agora só foram fechadas 9. Apesar da luta do Comando de Greve e de integrantes do Banco do Nordeste, a exemplo do diretor do Sindicato dos Bancários Eliseu Mann e dos delegados sindicais, no BNB a greve só atingiu 60%.

O número de agências paradas continua subindo também no Banco do Estado de Sergipe – Banese -, apesar de mais lentamente. No terceiro dia de greve, o número de agências fechadas era 27, no sexto dia subiu para 30 unidades, sendo 23 agências e 7 postos de atendimento. Ou seja, 41% das 73 unidades existentes no Estado.

Nos bancos privados, onde a dificuldade de paralisação é ainda maior, o Comando de Greve no Estado conseguiu fechar 4 das 6 agências Itaú Unibanco. Por outro lado, as agências do Banco Real/Santander, HSBC, Mercantil e Rural estão todas fechadas na capital. O Bradesco é o mais resistente, até agora foi fechada apenas uma agência, a da Praça General Valadão. A intenção é

“A adesão à greve significa que a categoria está insatisfeita e disposta a lutar para garantir a recomposição das verbas salariais, pois todos têm consciência da importância do seu trabalho e que os banqueiros obtiveram os maiores lucros no país”, opina Ivânia Pereira, diretora do Sindicato dos Bancários e funcionária do Banese.

“A greve dos bancários em Sergipe é um sucesso. Está crescendo dia a dia. Mas é preciso avançar ainda mais no Banese. Vamos manter a paralisação nos bancos públicos para que a nossa greve seja vitoriosa”, diz José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe.

O que os bancários reivindicam

? 11% de reajuste salarial.

? Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.

? PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

? Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

? Previdência complementar em todos os bancos.

? Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.

? Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.

? Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

? Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.

Fonte: SEEB-SE

Edivânia Freire – Seeb/SE

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