Sem nenhuma nova proposta dos bancos às reivindicações da categoria, os bancários completaram hoje, quinta-feira (7) nove dias da greve nacional, com a ampliação do movimento em todo o país. Agora já são 7.723 agências paradas nos 26 Estados e no Distrito Federal – um acréscimo de 286 em relação a ontem e praticamente dobrando (99,7%) desde o primeiro dia (3.864). Isso significa que essa já é a maior greve da categoria bancária nas últimas duas décadas.
O aumento contínuo da paralisação mostra a crescente indignação dos bancários com o desrespeito dos bancos. Mesmo com o lucro de mais de R$ 25 bilhões somente no primeiro semestre, só ofereceram de reajuste a reposição da inflação de 4,29% e rejeitaram todas as outras reivindicações dos trabalhadores.
Em outra demonstração de intransigência, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não respondeu à carta enviada na segunda-feira 5 pelo Comando Nacional dos Bancários, em que critica a adoção de práticas antissindicais por parte das instituições financeiras e reafirma a “disposição em negociar, para que possamos continuar buscando um acordo que atenda à expectativa dos bancários”.
Os bancários reivindicam 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção da saúde que inclua o combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, previdência complementar para todos, fim da precarização via correspondentes bancários e mais segurança.
Em Itabuna, a paralisação atinge 14 unidades bancárias. Em resposta à intransigência da FENABAN, a única unidade da Caixa Econômica Federal que estava funcionando na cidade aderiu ao movimento no dia de hoje. Veja quadro de paralisação em Itabuna e cidades circunvizinhas:
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