Greve de servidores paralisa a Assembleia Legislativado Paraná

Uma greve de servidores paralisou na segunda-feira (18) os trabalhos da Assembleia Legislativa. Por volta do meio-dia, os funcionários do Legislativo fecharam os portões da Casa e cruzaram os braços, em protesto para cobrar o pagamento de perdas salariais oriundos do Plano Real, resultantes da adoção da Unidade Real de Valor (URV). Segundo o Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis), cerca de 1 mil funcionários da Assembleia teriam direito à reposição, que já teria sido paga por outros poderes e órgãos públicos, como o Tribunal de Contas e Ministério Público Estadual.

A deflagração da greve teria sido provocada pelo não cumprimento de compromisso firmado pela cúpula da Assembleia de pagar as perdas até o final deste ano. A “gota d’água teria sido a informação por parte da direção da Casa que o pagamento seria feito apenas através de precatórios judiciais, que seguem uma “fila” e podem levar anos para serem efetivados.

Com o fechamento dos portões, apenas a imprensa foi autorizada a entrar na sede do Legislativo. E a sessão no plenário acabou sendo cancelada. No final da tarde, a direção do Sindilegis entregou uma pauta de reivindicações ao presidente da Assembleia, deputado Nelson Justus (DEM). Caso Justus concordasse em atender ou pelo menos, buscar solução para o caso, explicou o presidente do sindicato, Edmilson Carlos Ferry, o “Tôca”, a greve seria suspensa por uma semana.

Justus não quis falar com a imprensa. Através de sua assessoria, a direção do Legislativo informou que será formada uma comissão com três representantes do Sindilegis e três da administração da Casa, para analisar as reivindicações, e estudar uma forma legal de atendê-las. Até lá, a greve está suspensa.

Segundo informações do sindicato e dos servidores, os funcionários da Assembleia teriam direito já garantido por decisão da Justiça de receber as perdas relativas à URV no período entre janeiro de 2002 e fevereiro de 2007. A reposição do período posterior a 2007 já estaria sendo paga pela Assembleia, após acordo. O período de 1994 a 2001 teria prescrito.

Não há números oficiais, mas os cálculos apontam que o pagamento dessas perdas custaria cerca de R$ 36 milhões para os cofres do Legislativo. Os servidores reivindicam ainda a liberação de concessão de licenças-prêmio suspensas há quatro meses, e a concessão de gratificação de representação, ou gratificação de apoio, que podem elevar em até 100% os salários. Também rejeitam o pagamento das perdas através de precatórios, abrindo a possibilidade de parcelamento apenas para valores superiores a R$ 30 mil. Estimativa do sindicato apontam que a média de valores a serem recebidos por funcionários seria de R$ 30 mil a R$ 40 mil, mas em alguns casos a reposição pode chegar a até R$ 300 mil.

Os servidores reclamam que a direção da Assembleia já prometeu e deixou de cumprir várias vezes o compromisso de pagar as perdas da URV. “Estão levando na barriga. Só prometem. Aqui só tem valor o funcionário comissionado. Ninguém está pedindo esmola”, criticou o auxiliar Com

Com informações do Portal Paranaense

 

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