Motoristas e cobradores promovem paralisação em protesto pela morte de sindicalista

Durante a manhã desta terça-feira (26), funcionários da empresa VIP, das garagens de Guarapiranga e M’Boi Mirim, decidiram cruzar os braços em protesto pela morte do sindicalista Sérgio Augusto Ramos, assassinado na madrugada de ontem (25) na zona sul.A paralisação durou até o enterro de Ramos, ocorrido na manhã de hoje no Cemitério Parque das Cerejeiras.

Os ônibus das duas garagens totalizam 496 veículos e operam cerca de 50 linhas que ligam a zona sul ao centro de São Paulo e às regiões de Santo Amaro e do Jabaquara.

Mesmo com o retorno dos ônibus às ruas, a SPTrans informou que o Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) continua em operação atendendo as linhas afetadas pela paralisação. Ao todo, cem veículos foram colocados em circulação para atender as principais linhas das duas empresas. São elas:

Crime

Ramos foi morto quando distribuía jornais em frente à garagem por volta das 5h30. Um homem que estava na garupa de uma moto disparou vários tiros contra ele. Os criminosos fugiram em seguida. A placa da moto estava encoberta.

Em nota, o sindicato lamentou o acontecimento. “A diretoria da entidade e o presidente Jorginho lamentam esta fatalidade e se colocam a disposição das autoridades para ajudar na elucidação de mais este assassinado. Segundo o próprio Willian e a esposa de Sérgio, Maria Cândida de Oliveira, ele vinha sofrendo nos últimos meses algumas ameaças que foram registradas em boletins de ocorrências no 47º DP (Capão Redondo), além de ter gravado um vídeo no qual dizia temer por sua vida e de seus familiares”.

A nota diz ainda que o Ministério Público investiga as denúncias, mas que até o momento não convocou o presidente Isao Hosogi, o Jorginho. Ele é apontado pela mulher de Ramos como suposto mandante das ameaças feitas por telefone ao marido. O sindicato disse que contratou o advogado Alexandre Crepaldi para acompanhar o caso –o mesmo que defendeu, em 2003, os diretores presos por suspeita de corrupção.

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