Brasil celebra Dia do Samba neste 2 de dezembro

O Dia Nacional do Samba é comemorado nesta quinta-feira (2). No Rio de Janeiro e em Salvador, a data é lembrada com uma série de eventos. Na Cidade Maravilhosa, o evento mais tradicional é o Trem do Samba, que conta com a presença de sambistas ilustres.

Mas, por que justo no dia 2 de dezembro? O motivo é curioso: Ary Barroso, um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos, compôs o samba “Na Baixa do Sapateiro”, que tinha uma letra que exaltava a Bahia, sem nunca ter visitado nenhuma cidade baiana. Em 1963, na data fatídica, Barroso visitou Salvador e um vereador soteropolitano aprovou uma lei que declarava que aquele dia seria o Dia Nacional do Samba, numa forma de homenagear o compositor.

Existem várias versões acerca do nascimento do termo “samba”. Uma delas afirma ser originário do termo “Zambra” ou “Zamba”, oriundo da língua árabe, tendo nascido mais precisamente quando da invasão dos mouros à Península Ibérica no século VIII. Uma outra diz que é originário de um das muitas línguas africanas, possivelmente do quimbundo, onde “sam” significa “dar”, e “ba” “receber” ou “coisa que cai”. Ainda há uma versão que diz que a palavra samba vem de outra palavra africana, semba, que significa umbigada.

No Brasil, acredita-se que o termo “samba” foi uma corruptela de “semba” (umbigada), palavra de origem africana – possivelmente oriunda de Angola ou Congo, de onde vieram a maior parte dos escravos para o Brasil. O samba “Pelo Telefone”, um maxixe de domínio público registrado por Donga e Mauro Almeida, é considerado o primeiro samba gravado da história.

Um dos registros mais antigas da palavra samba apareceu na revista pernambucana O Carapuceiro, datada de fevereiro de 1838, quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama escrevia contra o que chamou de “samba d’almocreve” – ou seja, não se referindo ao futuro gênero musical, mas sim a um tipo de folguedo (dança dramática) popular de negros daquela época. De acordo com Hiram da Costa Araújo, ao longo dos séculos, as festas de danças dos negros escravos na Bahia eram chamadas de “samba”.

A CTB reconhece e valoriza o ritmo como manifestação de primeira grandeza do povo brasileiro, e parabeniza todos aqueles que contribuíram, ao longo da história, para elevar o samba ao alto patamar em que ele se encontra em nossa cultura.

Da redação, com agências

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