Professores do Paraná fazem vigília antes de indicativo de greve

Os professores da rede estadual  de ensino do Paraná realizaram uma vigília em frente ao Palácio das Araucárias, da noite da segunda-feira (06) até a manhã de hoje, para protestar pela falta de resposta por parte do Governo do Estado para várias reivindicações da categoria. A decisão foi tomada em assembleia no Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Estado do Paraná (APP-Sindicato) e também prevê um indicativo de greve a partir da segunda-feira que vem, dia 13, caso não haja resposta para a demanda das reivindicações e as negociações não avancem. “Nós sabemos que é possível que o Governo pague o passivo que ele tem com os recursos próprios e caso até o dia 13 não haja algum resultado, entraremos em greve”, salienta o diretor estadual de imprensa da APP-Sindicato, Luiz Carlos Paixão. Ele cita que entre salários atrasados para professores substitutos e atraso no pagamento das promoções dos professores, o Estado deve ao todo cerca de R$ 51 milhões.

No interior do Estado, também foram organizados atos públicos regionalizados, em frente aos Núcleos Regionais de Educação. A mobilização dos professores acontece porque até o momento vários compromissos do governo acertados ao longo do ano ainda não foram totalmente definidos, como o pagamento de progressões e promoções em atraso, e ainda o pagamento de professores do regime PSS. “Hoje temos uma grande dificuldade quando os professores ficam doentes, porque o Estado não libera professores substitutos. Nós queremos a liberação imediata de substitutos para os professores em licença médica e maternidade, para não causar mais prejuízos à oferta da Educação”, explica Paixão.

Há ainda o Projeto de Lei Complementar (PL) 483/10, um dos principais pontos que motivaram a vigília. O projeto de lei deve ter audiência pública nesta terça-feira, e foi apresentado pelo governador Orlando Pessutti. O projeto visa à reestruturação do Plano de Custeio do Regime Próprio de Previdência Funcional do Estado do Paraná. A APP-Sindicato enviou um documento ao governo solicitando a retirada do projeto.

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