O que esperar da presidenta Dilma!

Em primeiro lugar é importante ressaltar o impacto desse feito histórico do campo progressista e popular, que foi eleger a primeira mulher presidenta do Brasil: uma contribuição fundamental à luta pela igualdade entre homens e mulheres e também à elevação da auto estima das mulheres brasileiras.

As mulheres trabalhadoras expressaram seu apoio a Dilma Russeff ainda quando candidata, e não somente por se tratar de uma mulher, mas, sobretudo, pelos compromissos que ela firmou, pela plataforma clara e pelo olhar feminista. Ao aceitar o desafio de estar no mais alto cargo da republica Dilma demonstrou na pratica que a mulher brasileira, tem a mesma importância que os homens e que pode chegar ao poder. Dilma sofreu todos os tipos de ataques enquanto mulher. A campanha trouxe a tona preconceitos, discriminação, perseguição, tudo para tentar perpetuar os mitos acerca da desigualdade, feminina. Mas chegamos lá. Somos parte decisiva na construção de uma nova sociedade, onde homens e mulheres possam compartilhar e transformar a vida cotidiana em um mundo melhor para todas e todos.

É fato que o período neoliberal (1994 a 2002) fez grandes estragos. O País vive hoje um momento singular, onde a crise mundial foi minimizada e os investimentos no Brasil e nos brasileiros aumentaram, mostrando que é possível construir uma alternativa quando se tem compromisso.

Para as mulheres, a meta da presidenta Dilma de erradicar a pobreza no nosso país é central, pois tem implicações diretas na melhoria de vida das mulheres pobres da nossa sociedade.

Um dos desafios a enfrentar pelo novo governo é a educação: colocar a escola com a comunidade e em outro patamar. É inadmissível que no século XXI ainda utilizemos giz e lousa, quase que exclusivamente. Que o (a) professor (a) seja desvalorizado (a), que as escolas sejam detonadas, demonstrando o que está fora dela. Chegar a todos os rincões em consonância com a atual realidade do mundo do trabalho é tarefa premente.

Lutaremos por mais oportunidades para as mulheres,pois apesar de terem maior nível de escolaridade que os homens, ainda persiste muitos preconceitos, discriminações que continuam impregnada em tudo, nos livros didáticos, na cultura, que ainda vê a mulher como ser inferior.

Outro grande desafio está no mundo do trabalho: a desigualdade salarial entre homens e mulheres persiste; cresce a diferença entre os salários de homens e mulheres que exercem trabalho de igual valor. Além do assédio moral e sexual, que dificultam a progressão na carreira, etc.

Sabemos que a conquista da igualdade é um processo lento. Felizmente, esse país gigante, de dimensão continental, a partir do governo Lula vem, pouco a pouco, fazendo surgir uma nova realidade. Talvez ainda aquém do que necessitamos, mas no rumo certo, favorecendo os menos favorecidos. Esperamos que o governo Dilma aprove leis rumo à igualdade no mundo do trabalho.

Outro grave problema que enfrentam as mulheres hoje é a violência. Ela está no noticiário; são dez mulheres que morrem todos os dias, duas que a cada dia realizam aborto de forma clandestina e centenas de mulheres que continuam a apanhar caladas e não conseguem denunciar ou que não conseguem ser ouvidas. Esperamos que com a Lei Maria da Penha possamos enfrentar essa situação. Trata-se de uma conquista de política pública de estado pouco conhecida que precisa sair do papel e que por isso, ainda se demonstra ineficiente. É urgente capacitar quem esta na ponta, mudar mentalidades, fazendo funcionar as delegacias das mulheres conquistadas em fins da década dos anos 80.

Podemos dizer que o homicídio se origina nas estruturas: econômicas e política da sociedade e representa de forma extrema as injustiças e desigualdades existentes na sociedade; põe a nu as contradições do sistema capitalista, que ao impor as desigualdades e a opressão de uma classe sobre a outra, também nos revela a exploração de um país sobre o outro e de um homem sobre o outro. Na sua essência expressa à sociedade da propriedade privada – onde a riqueza esta concentrada nas mãos de poucos e o que importa é ter e não o ser. Esperamos medidas humanizadoras e eficazes para combater a violência.

É importante que tenhamos políticas públicas no âmbito federal, mas padecemos também de falta de políticas pública nos municípios e nos Estados, aquele poder que está próximo da comunidade; é preciso uma ação articulada, intersecretarial e organizada, democratizando as relações de poder na sociedade.

Quanto mais a sociedade se democratiza, mais oportunidades há para as mulheres. Mas ao mesmo tempo, temos presenciado a maior reação e visibilidade da cultura machista. Mas esta visibilidade, nos possibilita entrar no debate para enfrentar o problema.

Enfim, lutaremos para que essa MULHER, cidadã, presidenta, ao dar continuidade às mudanças, consiga fazer com que no Brasil haja mais oportunidades para as mulheres, para os negros, para os pobres, as camadas médias, enfrentando o grande capital, fazendo as reformas, como a tributaria e política, abaixando a taxa de juros, derrubando o fator previdenciário, dentre outras, para que haja desenvolvimento com distribuição de renda, valorização do trabalho, democracia e soberania nacional rumo a uma sociedade mais avançada.

As mulheres já deram demonstrações que tem capacidade IGUAL a dos homens, portanto os direitos também tem que ser IGUAIS, com esse passo gigante que demos elegendo Dilma vamos avançar  ainda mais nas conquistas e nos direitos das mulheres.

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