Assembleia de SP fecha contrato milionário e sem licitação com nova operadora de TV

A Fundação para o Desenvolvimento das Artes e da Comunicação (Fundac) foi contratada pela Assembleia de São Paulo, sem licitação, por R$ 15 milhões para atuar como operadora da TV Assembleia. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a entidade tem entre seus diretores Alberto Luchetti, atual diretor da emissora.

A Fundac foi contratada por nove meses e substituirá a TV Cultura, gerida pela Fundação Padre Anchieta, que já planejava não renovar o contrato com a TV Assembleia e com a TV Justiça. A medida foi adotada pela Cultura como parte de sua estratégia para reduzir despesas e manter o foco em seu público.

O diretor da TV Assembleia – que aparece no site da emissora com o cargo de “consultor” – declarou ter sido “administrador do contrato da Fundação Padre Anchieta com a Assembleia”, mesmo não sendo funcionário contratado pelo órgão paulista. Além disso, Luchetti afirmou ter sido o responsável pelas negociações com a Fundac para a manutenção do atual quadro de funcionários do canal.

Apontado por profissionais da emissora e pela diretoria do sindicato dos jornalistas como o “número um” na hierarquia da TV Assembleia, Luchetti afirma ser funcionário terceirizado e contratado da allTV – empresa com programação televisiva pela internet da qual é sócio-proprietário. Na Fundac, o diretor gerencia um contrato firmado com a Câmara Municipal de São Paulo, no valor de R$ 12,6 milhões anuais.

Em declaração à Folha, Luchetti afirmou não ver “nenhuma ilegalidade” na contratação da Fundac pela Assembleia paulista, e que não há inconveniente ético na mudança de operadora pelo fato de ser um empresário do ramo. O diretor disse, ainda, que os contratos firmados com a Fundação não são diferente aos já feitos com a TV Cultura.

Em nota, a Assembleia de São Paulo informou que a Fundac possui “expertise” para ser a operadora da emissora do órgão, e alegou que o contrato sem licitação foi feito pois a entidade “possui inúmeros contratos firmados com a administração pública, nos mesmos moldes do contrato que está sendo assinado”.

Fonte: Portal IMPRENSA

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