Fecosul participa das negociações do piso regional e centrais prometem manifestações pelo Estado

Na terça-feira (8) foram inciadas as negociações do piso regional do Rio Grande do Sul. Centrais sindicais e federações se reuniram e definiram propostas e entregaram as reivindicações ao governo do Estado e à Assembleia Legislativa. As centrais propõem reajuste de 17,33%, sobre as quatro faixas salariais, que são de R$ 546,57, R$ 559,16, R$ 571,75 e R$ 594,42. O salário regional, que atinge cerca de 1,130 milhão de trabalhadores gaúchos que não têm representação sindical, tem a data-base em 1º de março. Outros itens da reivindicação é que em 2012 a data-base seja 1º de janeiro, junto como mínimo nacional, além de alterações de faixas. Os comerciários querem passar da faixa 3 para a faixa 4.


CTB, CUT, Força Sindical, UGT, CGTB e NCST realizaram uma plenária no início da tarde e definiram as propostas. Às 14h, as centrais foram recebidas pelo governador Tarso Genro, e o secretário chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, no Palácio Piratini.

Guiomar Vidor, presidente da Fecosul e da CTB/RS, disse que além do reajuste o documento entregue ao governador, ressalta a importância do piso regional dentro do projeto de desenvolvimento econômico do estado e da distribuição de renda. “Também destacamos ao governador que o reajuste do piso regional influencia as negociações coletivas para as categorias organizadas”, disse Vidor. “A CTB reforçou, ainda, a necessidade permanente da valorização do piso regional para que ele volte a ter o poder aquisitivo de quando foi criado em 2001, no governo Olívio Dutra. Naquele ano o piso regional correspondia a 1,28 salário mínimo”, explica Vidor.

No encontro, o governador Tarso Genro destacou aos dirigentes sindicais um fato relacionado ao poder de compra do salário mínimo nacional e o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). O mínimo, lembrou o governador, somente foi valorizado depois de ter sido objeto de análise no Conselho. Por essa razão, ele não vê problemas, nem qualquer prejuízo, se a pauta do piso mínimo regional for também objeto de discussões no CDES-RS.

De acordo com o secretário chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, Governo do Estado e centrais sindicais deflagraram processo de abertura de negociações. “Hoje foi a primeira reunião. Recebemos a proposta. Vamos analisá-la e em cima dessa análise encaminharemos a matéria para a Assembléia”. Segundo Pestana, como o CDES-RS será constituído a partir de março e piso terá que vigorar a partir de março, o debate da política do mínimo regional, no Conselho, ficará para os próximos anos.

As centrais também definiram fazer manifestações, em todo o Estado, pela valorização do piso regional, pelo salário mínimo nacional de R$ 580,00, pela redução da tabela do imposto de renda, e o reajuste dos aposentados.

O mesmo documento das propostas do piso regional foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa gaúcha, Adão Villaverde, às 16h.

Pela manhã, a Fecosul, a CTB e as demais centrais haviam participado, no Palácio Piratini, do lançamento das bases do Sistema de Desenvolvimento Econômico do RS.

Fonte: Márcia Carvalho – Assessoria Fecosul (Foto: Amanda Fernandes)

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