Tarifa do Metrô de SP aumenta o dobro da inflação em 15 anos

O preço da tarifa do Metrô de São Paulo subiu 263% desde 1996, considerando o aumento da passagem para R$ 2,90. O reajuste passa a valer a partir do próximo domingo (13). Nos últimos 15 anos, a inflação medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) foi de 131%.

Em 1996, a tarifa era de R$ 0,80. Se a inflação fosse seguida, o preço hoje estaria em R$ 1,84.

A R$ 2,90, a tarifa passa a ser a segunda mais cara do Brasil. Em Brasília, a passagem custa R$ 3 nos dias de semana e R$ 2 nos fins de semana e feriados.

O índice da Fipe é sempre mencionado pelo Metrô como uma referência. O índice de 2010 fechou em 6,4%. O reajuste do Metrô neste ano foi maior, de 9%. Entretanto, a diferença entre os reajustes do Metrô e a inflação vem diminuindo. A comparação de dez anos mostra uma diferença de 30% a mais no aumento do Metrô. De cinco anos para cá, a tarifa e o IPC têm praticamente o mesmo índice.

Um usuário que use o Metrô duas vezes por dia útil durante 22 dias no mês gastaria R$ 127,60. Esse valor representa 21% do salário mínimo de São Paulo, que é atualmente de R$ 560.

Segundo o especialista em transporte Horácio Figueira, o reajuste do Metrô não deve fazer com que diminuam os passageiros. Ele explicou que, hoje, as tarifas dos transportes metropolitanos estão todas atreladas. Uma vez que houve aumento no ônibus é necessário reajustar o Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para manter o equilíbrio do sistema, afirmou Figueira. Os trens da CPTM também vão subir de R$ 2,65 para R$ 2,90.

– Se o Metrô fica mais barato, há uma migração de passageiros. Além disso, existe uma conta muito complexa para dividir o valor da integração que não permite que haja muita diferenciação. É como um dominó. Se um transporte aumenta, o outro vai ter que aumentar também.

Novos preços

Além do aumento na passagem unitária do Metrô, haverá reajuste também de outras tarifas. O bilhete unitário da Linha 5-Lilás (que opera atualmente entre Capão Redondo e Largo Treze, em Santo Amaro) custará R$ 2,80.

O bilhete Madrugador Exclusivo (válido das 4h40 às 6h15 no Metrô e das 4h às 5h35 na CPTM), que custava R$ 2,40, será comercializado a R$ 2,50. O Cartão Madrugador Integrado passará de R$ 4,11 (desde a majoração dos ônibus municipais da capital, em 5 de janeiro) para R$ 4,21.

Os cartões Bilhete Único Integrado Comum e Vale-Transporte serão reajustados de R$ 4,29 para R$ 4,49.

Já o Cartão Lazer (BLA-M10), que custava R$ 22,30, será comercializado a R$ 23,50. O Cartão Fidelidade M8 passará de R$ 20,30 para R$ 21,50; o M20, de R$ 48,70 para R$ 51,40 ; e o M50, de R$ 116,50 para R$ 123.

De acordo com a secretaria, a atualização dos preços “leva em consideração o equilíbrio econômico-financeiro da CPTM e do Metrô”. No caso da CPTM, “há subsídio governamental para possibilitar que a população de renda mais baixa e moradora em áreas mais distantes do centro não seja penalizada com um custo maior dos deslocamentos”.

Fonte: R7

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