Bolívia: Central Sindical convoca greve geral por aumento salarial

A Central Operária Boliviana (COB) repudiou o aumento salarial de 10%, considerado insatisfatório, que foi decretado pelo presidente Evo Morales e convocou uma greve nacional com passeatas por todo o país na segunda e na terça-feira da próxima semana (21 e 22 de março).

A organização, que até dois meses atrás era firme aliada do governo, reiterou sua demanda por um aumento de 30% e um salário mínimo de 8.300 bolivianos (cerca de R$1.900), custo médio mensal de vida de uma família de cinco pessoas.

O governo decretou há dez dias um aumento retroativo de 10% para trabalhadores militares, da polícia, saúde e educação, áreas que concentram a maior parte dos funcionários públicos, além de elevar o salário básico em 20%, ou seja, de 670 para 815 bolivianos (99 a 116 dólares).

A COB ratificou seu pedido para que o governo anule o decreto e expressou seu descontentamento pelo fato do decreto ter sido promulgado a despeito das negociações que estavam em curso.

A entidade também decidiu exigir que se coloquem em vigência medidas para aumentar a produtividade e gerar emprego.

O secretário-executivo da COB, Pedro Montes, anunciou que na próxima quarta-feira, dia 23, haverá uma assembleia geral para avaliar as paralisações dos dias anteriores.

Há cerca de um ano, em maio de 2010, a central convocou uma greve de 24 horas com o objetivo de pressionar a aprovação de um aumento salarial maior do que os 5% ratificados. Na época, o governo se recusou a recuar, alegando que um reajuste maior poderia gerar inflação.

No ano passado, além da participação das centrais sindicais, a paralisação contou com o apoio de trabalhadores da saúde, da educação, agentes da polícia e militares, justamente os setores que dessa vez foram beneficiados pelo aumento.

Fonte: DCI Online

 

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