Sindicato cobra ao governador do Sergipe mais democracia no Banese

O governador do Estado, Marcelo Deda, recebeu a diretoria do Sindicato dos Bancários de Sergipe, na última segunda-feira (28), numa audiência realizada no Palácio dos Despachos, que contou com a participação do subsecretário de Articulação com os Movimentos Sociais e Sindicais, João Francisco dos Santos, o Chico Buchinho. Entre os assuntos tratados: Sistema Financeiro e papel dos bancos federais no Estado.

O presidente do Sindicato, José Souza, levou uma pauta extensa para discutir com o governador. Com relação ao Banese, discorreu sobre gestão, concurso público e questões relacionadas à terceirização, transformação de Postos Banese em Pontos Banese, eleição para diretor representante dos funcionários no SERGUS e na CASSE, e reconhecimento do representante sindical de base, conforme já existe no Banco do Brasil, na Caixa Econômica e no Banco do Nordeste.

“O Banese está completando 50 anos e apresentou resultados positivos, com investimentos de mais de R$ 1 bilhão na economia sergipana, comprovando o acerto em ser mantido como banco público estadual. Quando o senhor assumiu o governo, em 2007, havia uma expectativa de que teríamos uma gestão mais arejada, democrática. Porém não foi isso que aconteceu”, opina Souza.

Segundo o presidente do SEEB/SE, de lá pra cá houve uma certa frustração em relação às medidas tomadas no Banco do Estado de Sergipe durante o atual governo. “Há tempos que batalhamos para que a democracia seja ampliada no Banese, a exemplo do que acontece nos bancos federais (BB, BNB e Caixa). Queremos que um funcionário seja escolhido através do voto dos colegas para participar das diretorias da CASSE (Caixa de Assistência dos Funcionários) e do Sergus. A figura do delegado sindical também seria um grande avanço no Banese”, destaca Souza.

Terceirização

A transformação dos Postos Banese em Pontos Banese é uma grande preocupação do Sindicato. No passado era a Projel. Agora é o SEAC, nome oficial do Banese Card. “Não temos nada contra o Banese Card. Ao contrário. Queremos seu crescimento e consolidação, quem sabe se tornando um cartão regional e até nacional. Nossa insatisfação é com a perda de seu caráter de Cartão, passando a ser uma  empresa de prestação de serviços, para a qual, além dos serviços, a direção do Banese está transferindo estruturas do Banco”, diz Souza.

A não realização de concurso também está sendo aproveitada para ampliar a terceirização. O que já foi denunciado à Justiça. A direção do banco se comprometeu na Justiça do Trabalho em realizar concurso, mas até agora não tomou nenhuma iniciativa. A validade do último concurso, realizado em 2007, venceu em 2009. A direção do Sindicato sugeriu que fosse prorrogado, mas a então diretoria não concordou. Resultado. Saíram cerca de 250 funcionários, entre pedidos de demissões e aposentadorias, e não houve reposição.

“Vou examinar esse pacote de democratização da gestão do banco. Posso antecipar que nessa lista tenho simpatia por vários pontos discutidos. Alguns deles terei dificuldade de implementar. Só uma coisa eu não farei: é colocar em risco a condição estratégica da instituição, porque há certas regras que se o banco não seguir perde competitividade e não tem  como se manter. Isso não impede que nós estudemos uma forma de retribuir seus servidores, não apenas com salários, mas também com transparência e democracia”, adiantou o governador.

Déda anotou todas as reivindicações do Sindicato e disse que vai conversar com a diretoria do banco pedindo justificativas, e se comprometeu em voltar a se reunir com o Sindicato nos próximos 30 ou 40 dias, já com as respostas para as questões apresentadas.   

Além de José Souza, estiveram presentes os diretores José Américo, Ivânia Pereira, Edson Moreira, Augusto Cézar Barbosa, Adilson Azevedo e Adêniton Santana.

Fonte: SEEB/SE

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