Grupo Mães de Maio lança o livro “Do luto à luta”

Na última quinta-feira, (12/05), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo promoveu um ato do Grupo Mães de Maio, cujos filhos foram assassinados pela policia em 2006, como represália aos ataques do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC). No evento foi lançado o livro “Do luto à luta – Mães de Maio”, editado por Débora Maria (uma das líderes do movimento) e Danilo Dara.

O Sindicato acompanha a luta das mães de Maio desde 2006. Em 2007, foi na sede da entidade que o Alto Comissário da ONU para Execuções Sumárias, Phillip Ralston, que veio investigar o caso no Brasil, recebeu as mães e familiares dos mortos nos Crimes de Maio.

A ONU publicou um relatório em 2008. Foram assassinadas por arma de fogo 493 pessoas em uma semana (tudo começou no Dia das Mães). A maioria (352) tinha entre 11 e 29 anos.

A diretora do Sindicato, Rose Nogueira, que é também a presidente do Grupo Tortura Nunca Mais/SP, foi autora de outro livro sobre o assunto, “Crimes de Maio”, lançado em 2007. Em entrevista na oportunidade, Rose disse o seu livro: “Foram 493 pessoas só em uma semana! Teve toque de recolher, todos os que estavam na rua morreram. Diziam “ah, fulano tinha passagem na polícia”.

Não, ninguém pode morrer assim, nem quem tem passagem, nem quem não tem. Em Santos morreram umas 50 pessoas, sendo que umas 20 eram rapazes e moças que estavam pelo bairro. Mataram uma moça grávida de nove meses. “O que se imagina, porque não se sabe direito, é que isso aconteceu porque ela estava passando por um posto e teria visto uma execução”.

 Fonte: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo

 

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