A Fundação Cultural Palmares (FCP), instituição vinculada ao Ministério da Cultura, está presente no vídeo documentário Ser Quilombola, dirigido pela jornalista Jaqueline Barreto, a ser lançado na próxima terça-feira (7), às 10h, no saguão da Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador.
A obra aborda as nuances da identidade quilombola e apresenta a realidade vivida por comunidades localizadas no Recôncavo Baiano. Para o trabalho, a FCP contribuiu com informações e parte do conteúdo sobre desenvolvimento, sustentabilidade e manifestações culturais dos grupos étnico-raciais.
As comunidades quilombolas mostradas no documentário são as de São Francisco do Paraguaçu e Porteiras, presentes nos municípios baianos de Cachoeira e Entre Rios. Os objetivos do vídeo são incentivar a autoestima, a igualdade de direitos e proporcionar visibilidade a essas comunidades. A pesquisa para a produção audiovisual durou um ano.
Com 27 minutos de duração, o documentário exibe depoimentos de quilombolas e de outras personalidades, como da representante da Fundação Cultural Palmares na Bahia, Luciana Mota, e dos historiadores João José Reis e Ubiratan Castro, que foi presidente da FCP. Segundo Luciana Mota, “os valores e as características das comunidades quilombolas do país são de extrema importância para o fortalecimento do legado afro-brasileiro”. O trabalho também aborda o decreto nº 4.887/2003, que regulamenta o procedimento de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos.
No estado da Bahia, aproximadamente 364 comunidades remanescentes de quilombos já tiveram certidões de auto-reconhecimento emitidas pela Fundação Palmares. Desse total, 17 foram certificadas em 2011.
Fonte: MinC