Bombeiros seguem acampados na Alerj pela libertação dos 439 detidos

O número de bombeiros e parentes acampados nas escadarias do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio, no Centro da capital fluminense, começa a aumentar e a expectativa da categoria é que cheguem colegas de todos os quartéis do estado. A vigília é para pedir a libertação dos 439 bombeiros presos na madrugada de sábado durante a invasão ao quartel central da corporação, num protesto por melhores salários e condições de trabalho.

Os bombeiros estenderam uma enorme faixa nos pilares do Palácio Tiradentes, com a frase “Resistir é Preciso”. Há também outras faixas com os dizeres “Bombeiros são Heróis; não são Vândalos” e “Vândalo é quem prende Herói”. Eles estão em barracas de camping e numa delas improvisaram uma cozinha, onde estão sendo preparados sucos e sanduíches.

O cabo Gilberto Batista, que está há 22 anos no Corpo de Bombeiros, disse que a prioridade agora passou a ser a libertação dos presos e que só depois voltarão a discutir a questão salarial. “Foi ensinado pra gente que o quartel é a nossa segunda casa, acaba que a gente entra lá, o comandante-geral não nos recebe e num ato de desespero a gente derruba o portão para aguardá-lo descer, mas ele não desce. E [aí] acabaram prendendo 439 militares.”

O protesto dos bombeiros nas escadarias da Alerj está sendo acompanhado pela Polícia Militar, com três viaturas do batalhão do centro e duas do Batalhão de Choque.

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No quartel central da corporação, que teve o portão principal derrubado, o clima é de aparente tranquilidade. Dez policiais militares estão posicionados na calçada do quartel. O portão foi recolocado, mas está sendo apoiado por um carro dos bombeiros.Proposta dos bombeiros será revista e greve pode terminar nesta quarta

Uma nova proposta para apresentar ao comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, será elaborada e apresentada ainda nesta quatra-feira. A Associação de Cabos e Bombeiros do Rio elabora está reunida no Quartel Central da corporação, no Centro do Rio de Janeiro.

O comandante da corporação afirmou na noite desta terça-feira que a proposta salarial apresentada teria que ser reformulada, já que, segundo ele, o piso estava acima do que o governo estadual poderia pagar. A reunião durou mais de quatro horas.

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Os manifestantes continuavam acampados nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Na manhã desta quarta, eles pediram melhoria salarial e a libertação dos colegas presos em Niterói, na Regiã Metropolitana do Rio. A Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro pediu o relaxamento e liberdade provisória para os 439 bombeiros presos.

Duas passeatas estão marcadas para esse final de semana. Na tarde de sexta-feira, haverá uma passeata saindo da Igreja da Candelária em direção a Alerj. Já na manhã de domingo, os apoiadores e manifestantes vão se reunir em frente ao Hotel Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Confira Nota de Apoio da CTB

Com informações das agências

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