Trabalhadores rurais fazem caminhada pelas ruas de Patos (PB)

Vários trabalhadores rurais saíram às ruas de Patos (PB) nesta segunda-feira, dia 25. A caminhada foi organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST e contou com o apoio de movimentos sociais, tais como União da Juventude Rebelião – UJR, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB e lideranças políticas locais. O movimento teve início na Praça Edivaldo Mota e seguiu em caminhada até o Mercado Central da cidade.

A atividade comemorou, neste dia 27 de julho, o Dia Nacional do Trabalhador Rural. A principal bandeira levada ao público durante a caminhada foi com relação ao uso dos agrotóxicos nos alimentos produzidos no Brasil pelos grandes produtores. Em um panfleto distribuído aos cidadãos, confeccionado pelo Fórum de Combate ao Agrotóxico na Paraíba, foi esclarecido o perigo para a saúde do consumo de alimentos com agrotóxico.

Edísio Azevedo, professor da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG campus de Patos, deixou claro que o agronegócio apesar de produzir menos que a agricultura familiar recebe mais recursos do governo, e ainda utiliza agrotóxicos indiscriminadamente, prejudicando a saúde dos consumidores.

A caminhada também serviu para que os trabalhadores rurais falassem das dificuldades enfrentadas no dia a dia dos assentamentos rurais e também pelos pequenos produtores. Muitos denunciaram a falta de políticas mais voltadas para a melhoria da vida no campo e a falta da reforma agrária, bastante prometida pelos governantes, mas que nunca aconteceu.

Para o presidente da CTB/PB, José Gonçalves, que esteve participando da manifestação, o movimento foi importante para denunciar a chegada do agronegócio a Paraíba, especialmente na região de Patos e nas Várzeas de Sousa, onde as empresas utilizam um discurso de não uso de agrotóxicos e no entanto é o que usam mais em seus plantios.

Além disso, o sindicalista denunciou que cada brasileiro, consome em média 5,2 litros de veneno por ano, segundo documento distribuído pelo Fórum de Combate ao Agrotóxico na Paraíba.
Na Paraíba o veneno está presente nos canaviais, nas plantações de fumo, de frutas e hortaliças consumidas pela população.

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